DO "FINANCIAL TIMES"
DA EFE

Administradores da dívida grega, economistas e bancos apoiaram ontem o plano da União Europeia e do Banco Central Europeu anunciado nesta semana para garantir o pagamento da dívida grega.
"O acordo em Bruxelas elimina o risco de calote e aumenta a credibilidade do governo grego, pois os nossos parceiros europeus estão preparados para tomar medidas práticas e apoiar nossos esforços de pagamento", disse Petros Christodoulou, chefe da agência grega de administração da dívida.
O plano europeu de ajuda à Grécia inclui linhas de crédito do BCE, empréstimos dos demais países da zona do euro "em caso de emergência" e crédito do FMI (Fundo Monetário Internacional).
A ajuda ainda depende do aval da Comissão Europeia (órgão executivo do bloco europeu). O arsenal de medidas só será detonado na iminência de Atenas dar calote.
Com o alívio no mercado, Christodoulou anunciou, em entrevista ao "Financial Times", que pode emitir títulos no mercado a partir da próxima semana. A emissão é vista como o teste para medir a confiança na Grécia após a crise da dívida.
O governo grego tem para rolar entre abril e maio cerca de US$ 20 bilhões em dívida.

Força ao euro
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, mostrou-se satisfeita com a solução conjunta estipulada pelos líderes europeus para ajudar a Grécia se o país o precisar e disse que a decisão favorece a estabilidade do euro.
"Estou muito contente com o compromisso, acho que a Europa demonstrou capacidade de negociação em uma questão importante e ao mesmo tempo fez algo pela estabilidade do euro e pela solidariedade com um país em uma situação difícil", disse em sua chegada ao Conselho Europeu, que terminou ontem, em Bruxelas.
"Para todos nós, é muito importante que nossa moeda (...) permaneça estável a longo prazo", acrescentou.