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São Paulo, domingo, 27 de abril de 2003

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Com produto novo caro, cresce procura por conserto

DA REPORTAGEM LOCAL

"O cliente vem aqui, a gente conversa, tenta se entender. Com o aumento no preço de tudo nas lojas, tem mais gente querendo saber se vale a pena consertar a mercadoria." A afirmação é do comerciante Antonio Silvério Corrêa, dono de uma loja de usados no centro da capital paulista.
Segundo informaram alguns comerciantes à Folha, a procura por informações a respeito do preço cobrado para o conserto de itens usados sobe em alguns períodos do ano. Mas nem sempre o cliente opta pelo conserto.
"Às vezes, ele prefere esperar até tem mais algum dinheiro no bolso e comprar um novo produto. Por isso tentamos negociar um preço mais em conta", diz Francisco Chagas, que conserta microcomputadores no bairro de Santa Ifigênia, em São Paulo.
Nas lojas, os preços sobem de forma constante, segundo pesquisa da Fipe para apurar a inflação na capital paulista. Os preços de equipamentos eletrônicos subiram 16,1% de abril de 2002 a março de 2003. A inflação no período foi de 13,8%.
A tendência é que a procura por serviços de conserto cresçam em períodos após um consumo elevado, principalmente após o Natal. Isso ocorre porque o cliente gasta nas festas de final de ano e, sem recursos, não pode trocar o produto antigo por um novo.
As associações comerciais de São Paulo não têm dados sobre o volume de negócios desse mercado de usados.
Segundo o IDC, especializado em pesquisas para o mercado de informática, cerca de 68% dos computadores existentes nos domicílios brasileiros são produtos ilegais, que entraram no país sem pagar imposto. (AM)


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