São Paulo, sexta-feira, 27 de abril de 2007

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Disputado, lucro do ABN cresce 82% no Brasil

Banco aposta em crédito de risco, mas mantém inadimplência baixa

Sem benefício fiscal no início do ano passado, lucro do banco holandês teria crescido 58% no primeiro trimestre deste ano


TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Cobiçada pela concorrência, a unidade brasileira do ABN Amro divulgou ontem lucro líquido de R$ 622 milhões no primeiro trimestre de 2007, valor 82% maior do que em 2006. Sozinho, o banco brasileiro contribui com 20% do lucro mundial do conglomerado ABN, se computados os valores antes de impostos.
Mesmo com a redução dos juros, o ABN conseguiu manter seu resultado calcado no crescimento da carteira de crédito, que bateu em R$ 51,3 bilhões.
De março de 2006 a março deste ano, os juros médios do ABN recuaram de 26,6% para 25,4% ao ano -a Selic passou de 16,75% para 12,75%.
"Os juros estão caindo, mas isso aumenta o volume de crédito", disse Marcos Matioli, diretor-executivo do ABN.
Enquanto o mercado de crédito cresce a um ritmo de 21% ao ano, o ABN afirma que consegue obter uma alta de 28%. Para isso, o banco ganhou escala admitindo novos clientes, sobretudo pessoa física e pequenas empresas, que pagam juros um pouco maiores.
O banco investiu na análise de risco e decidiu aumentar limites e prazos -ou seja, assumiu mais risco. "Mesmo assim a inadimplência no ABN é de 3,2%, enquanto o mercado tem 4,9%", disse Matioli.
O crescimento no lucro líquido da instituição financeira impressiona, mas dele deve ser descontado um benefício fiscal ocorrido em 2006 -sem ele, teria crescido 58%.


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