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Disputado, lucro do ABN cresce 82% no Brasil
Banco aposta em crédito de risco, mas mantém inadimplência baixa
Sem benefício fiscal no início do ano passado, lucro do banco holandês teria crescido 58% no primeiro trimestre deste ano
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Cobiçada pela concorrência,
a unidade brasileira do ABN
Amro divulgou ontem lucro líquido de R$ 622 milhões no
primeiro trimestre de 2007, valor 82% maior do que em 2006.
Sozinho, o banco brasileiro
contribui com 20% do lucro
mundial do conglomerado
ABN, se computados os valores
antes de impostos.
Mesmo com a redução dos
juros, o ABN conseguiu manter
seu resultado calcado no crescimento da carteira de crédito,
que bateu em R$ 51,3 bilhões.
De março de 2006 a março
deste ano, os juros médios do
ABN recuaram de 26,6% para
25,4% ao ano -a Selic passou
de 16,75% para 12,75%.
"Os juros estão caindo, mas
isso aumenta o volume de crédito", disse Marcos Matioli, diretor-executivo do ABN.
Enquanto o mercado de crédito cresce a um ritmo de 21%
ao ano, o ABN afirma que consegue obter uma alta de 28%.
Para isso, o banco ganhou escala admitindo novos clientes, sobretudo pessoa física e pequenas empresas, que pagam juros
um pouco maiores.
O banco investiu na análise
de risco e decidiu aumentar limites e prazos -ou seja, assumiu mais risco. "Mesmo assim
a inadimplência no ABN é de
3,2%, enquanto o mercado tem
4,9%", disse Matioli.
O crescimento no lucro líquido da instituição financeira impressiona, mas dele deve ser
descontado um benefício fiscal
ocorrido em 2006 -sem ele, teria crescido 58%.
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