|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
São Paulo terá investimento de R$ 7,36 bi
Aportes em 58 municípios do Estado, incluindo recursos do PAC, serão em obras de saneamento e urbanização de favelas
Acordos semelhantes, com cooperação entre governo federal, Estado e município,
serão assinados em todo o país; hoje será a vez de MG
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
O Estado de São Paulo terá
R$ 7,36 bilhões em investimentos em obras de saneamento e
urbanização de favelas. O acordo de cooperação entre o governo federal, incluindo recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o governo paulista e 58 prefeituras
foi assinado ontem no Palácio
dos Bandeirantes.
Acordos semelhantes serão
feitos em todas as unidades da
Federação, totalizando 184 municípios no país. Hoje, será a
vez de Minas Gerais.
"Estou viajando o Brasil para
cumprir esse ritual em todos os
Estados porque é uma forma de
olhar na cara dos prefeitos que
estão assinando os protocolos e
pedir para eles: pelo amor de
Deus, executem esses projetos
porque não é sempre que o país
tem dinheiro disponibilizado
para fazer obra de saneamento
e urbanização de favela", disse
o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva no evento.
Os projetos devem ter licitação imediata, com início das
obras ainda neste ano. Por isso,
os escolhidos, com valor superior a R$ 10 milhões em São
Paulo, já têm projeto básico, licença ambiental prévia e regularização fundiária.
Segundo a ministra da Casa
Civil, Dilma Rousseff, há uma
cláusula nos contratos que prevê o realocamento dos recursos
se a obra não for iniciada até o
final deste ano sem justificativa. O acompanhamento será
feito pelos governos estaduais e
pela Caixa Econômica Federal.
"A Caixa é o grande ente fiscalizador da União porque tem
presença em todos os municípios", ressaltou.
Cerca de 3 milhões de famílias devem ser beneficiadas em
27 municípios da região metropolitana de São Paulo, 14 da região de Campinas e 8 da Baixada Santista, além de outras 9 cidades com população superior
a 150 mil habitantes.
As obras incluem a urbanização das favelas Paraisópolis,
Pantanal e Heliópolis, a erradicação de palafitas na Baixada
Santista, a recuperação de mananciais no entorno das represas Billings e Guarapiranga e a
despoluição da baía de Santos e
da bacia dos rios Piracicaba,
Capivari e Jundiaí. Os recursos
serão usados ainda para ampliar redes de abastecimento de
água e esgotamento sanitário.
Dos R$ 7,36 bilhões divulgados pela assessoria do Planalto,
R$ 4,93 bilhões são recursos federais, sendo R$ 2,84 bilhões
em financiamentos e R$ 2,09
bilhões de repasses do Orçamento Geral da União. A contrapartida do Estado é de R$
1,83 bilhão e, dos municípios,
de R$ 606 milhões. "Há Estados que não têm condições de
se financiar. Esses vão ter um
mix com maior peso do Orçamento, porque aí é a fundo perdido", destacou Dilma.
Em linha com o discurso do
presidente, o governador José
Serra (PSDB) afirmou que "para um governo, não basta ter
boas intenções, não basta ter
dinheiro nem boas relações".
"É preciso fazer acontecer e
aqui é uma responsabilidade
compartilhada pelos municípios, pelo Estado e pela União."
Nos bastidores, secretários
estaduais tentavam explicar a
divergência nos números divulgados. Para o Governo de
São Paulo, serão R$ 2,1 bilhões
em investimentos, dos quais R$
700 milhões oriundos do OGU.
A diferença se justificaria pelos convênios firmados diretamente entre União e municípios, que não entram na conta
do Estado, e a forma de contabilizar os financiamentos do
governo federal, que não são
considerados recursos da
União pelo governo paulista
porque terão que ser pagos.
Texto Anterior: Expectativa: Confiança do consumidor sobe 0,6% Próximo Texto: Minas Gerais pode aumentar dívida em R$ 2 bi Índice
|