São Paulo, quarta-feira, 27 de junho de 2007

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Mercados evitam novas posições à espera do Fed

Bovespa recua mais 0,35%; ações da Cosan caem 8,43%

TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os mercados tiveram ontem mais um dia de altos e baixos, com os investidores evitando assumir posições arriscadas antes da reunião do Fed [Federal Reserve, o BC dos EUA], que deve manter amanhã os juros americanos em 5,25% ao ano.
O receio é que o Fed venha otimista ou pessimista demais nas poucas linhas em que comunica a decisão sobre os juros, o que teria forte impacto.
A três dias de fechar o semestre, gestores de carteiras não encontram motivos para apostarem em mais valorização na Bovespa, que fechou ontem com baixa de mais 0,35%, aos 53.851 pontos. Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve baixa de 0,11% no índice Dow Jones.
Se não encontram motivos para justificar novas altas, o mercado não viu ainda razões para deflagrar uma onda pessimista, capaz de corrigir os preços das ações e garantir um novo impulso de valorização para o segundo semestre.
"A Bolsa está andando de lado [alternando pequenas altas e baixas] há 15 dias. Você não sabe o que vai acontecer no futuro para sair comprando e não sabe se chegou o momento de vender. A realização [investidores vendem ações para embolsar lucros recentes] não acontece. Não acharam ainda um deflagrador para isso. O primeiro foi a China, e o segundo, os créditos "subprime" [de alto risco] nos EUA. Nenhum pegou", disse Jason Vieira, economista da UpTrend.

Câmbio
O mercado de câmbio não escapou das oscilações. "Alguns bancos compram dólares para se adequarem às novas regras do Banco Central. Ninguém vai deixar para fazer isso na última hora e perder uma taxa boa", disse José Roberto Carreira, da corretora Novação.
O dólar comercial fechou a R$ 1,955, praticamente estável, com leve alta de 0,05%. Operadores estimam que o BC tenha comprado ontem US$ 460 milhões -acima dos US$ 260 milhões adquiridos na véspera.

Cosan
As ações ON da Cosan tiveram baixa ontem de 8,43%. Na véspera, a empresa anunciou abertura de capital de sua controladora na Bolsa de Nova York. O mercado não avaliou bem a criação das ações classe B, criadas especificamente para Rubens Ometto, controlador da Cosan, manter o controle da companhia com apenas 9% do capital.
As ações classe B terão peso de dez votos, enquanto os papéis classe A, que vão para o mercado, terão um voto.


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