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Mercados evitam novas posições à espera do Fed
Bovespa recua mais 0,35%; ações da Cosan caem 8,43%
TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados tiveram ontem
mais um dia de altos e baixos,
com os investidores evitando
assumir posições arriscadas
antes da reunião do Fed [Federal Reserve, o BC dos EUA], que
deve manter amanhã os juros
americanos em 5,25% ao ano.
O receio é que o Fed venha
otimista ou pessimista demais
nas poucas linhas em que comunica a decisão sobre os juros, o que teria forte impacto.
A três dias de fechar o semestre, gestores de carteiras não
encontram motivos para apostarem em mais valorização na
Bovespa, que fechou ontem
com baixa de mais 0,35%, aos
53.851 pontos. Nos EUA, a Bolsa de Nova York teve baixa de
0,11% no índice Dow Jones.
Se não encontram motivos
para justificar novas altas, o
mercado não viu ainda razões
para deflagrar uma onda pessimista, capaz de corrigir os preços das ações e garantir um novo impulso de valorização para
o segundo semestre.
"A Bolsa está andando de lado [alternando pequenas altas
e baixas] há 15 dias. Você não
sabe o que vai acontecer no futuro para sair comprando e não
sabe se chegou o momento de
vender. A realização [investidores vendem ações para embolsar lucros recentes] não
acontece. Não acharam ainda
um deflagrador para isso. O primeiro foi a China, e o segundo,
os créditos "subprime" [de alto
risco] nos EUA. Nenhum pegou", disse Jason Vieira, economista da UpTrend.
Câmbio
O mercado de câmbio não escapou das oscilações. "Alguns
bancos compram dólares para
se adequarem às novas regras
do Banco Central. Ninguém vai
deixar para fazer isso na última
hora e perder uma taxa boa",
disse José Roberto Carreira, da
corretora Novação.
O dólar comercial fechou a
R$ 1,955, praticamente estável,
com leve alta de 0,05%. Operadores estimam que o BC tenha
comprado ontem US$ 460 milhões -acima dos US$ 260 milhões adquiridos na véspera.
Cosan
As ações ON da Cosan tiveram baixa ontem de 8,43%. Na
véspera, a empresa anunciou
abertura de capital de sua controladora na Bolsa de Nova
York. O mercado não avaliou
bem a criação das ações classe
B, criadas especificamente para
Rubens Ometto, controlador
da Cosan, manter o controle da
companhia com apenas 9% do
capital.
As ações classe B terão peso
de dez votos, enquanto os papéis classe A, que vão para o
mercado, terão um voto.
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