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INFRA-ESTRUTURA
Idéia é mudar conta
País espera acerto com FMI até o final de 2004
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo brasileiro espera
chegar a um acordo com o FMI
(Fundo Monetário Internacional)
sobre como retirar investimentos
estatais em infra-estrutura do cálculo do superávit primário até o
final deste ano. De acordo com
nota divulgada ontem pelo Ministério da Fazenda, "a expectativa é
que esse diálogo convirja para um
encaminhamento comum dessa
questão até o final de 2004".
Na nota, o ministério informa
que, durante as reuniões com representantes do Fundo, do Banco
Mundial e do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)
sobre o tema, "observou-se a relevância de promover o envolvimento do setor privado na construção e na operação da infra-estrutura no Brasil, inclusive por
meio de PPPs [Parcerias Público-Privadas] eficientes e fiscalmente
responsáveis".
Segundo a nota, no entanto,
"destacou-se a importância de
fortalecer os sistemas de avaliação, seleção, implementação e
monitoramento dos investimentos públicos".
Ontem, a diretora de Fiscalização do FMI, Teresa Ter-Minassian, encerrou missão que veio ao
Brasil para tratar da implantação
de projetos pilotos que terão como objetivo excluir investimentos públicos em infra-estrutura
dos cálculos do superávit primário (economia de receita para pagar juros da dívida). Sua última
reunião foi com o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). "Foi
muito boa a reunião", disse, ao
sair do ministério. Ela volta hoje
para os Estados Unidos.
A diretora do FMI e o próprio
ministro Palocci já haviam dito,
na semana passada, que a retirada
dos investimentos do cálculo do
superávit irá acontecer a longo
prazo. Segundo Palocci, só poderia entrar em vigor em 2005. Ter-Minassian afirmara que a missão
não sairia do Brasil com uma proposta concreta.
De acordo com a nota, as questões sobre as exclusões dos investimentos serão aprofundadas nas
próximas semanas.
Revisão
A oitava revisão do acordo com
o FMI começou ontem. A equipe
do Fundo, liderada pelo americano Charles Collyns, teve reunião
com o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan. A
missão ficará em Brasília até o final da semana. Collyns elogiou a
"extraordinária" performance
das exportações brasileiras.
O atual acordo com o FMI envolve empréstimos de US$ 40,1
bilhões. Se a revisão for aprovada,
o país poderá sacar US$ 1,3 bilhão. O governo, no entanto, tem
preferido não usar os recursos.
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