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Ideal seria permitir que parte maior dos recursos ficasse no exterior, diz Furlan
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro Luiz Fernando
Furlan (Desenvolvimento) disse ontem que o "ideal" seria um
nível de "50% a 60%" de recursos provenientes de exportações que podem permanecer
no exterior. "O número ideal
seria entre 50% e 60%, mas
30% é um bom início para avaliar a medida com segurança."
Conforme Furlan, a MP que
alterou as regras do mercado de
câmbio estabelece que o percentual pode ser elevado até
100%. "Haverá um período de
experiência e de avaliação de
efeito dessa medida e, a partir
dessa avaliação, poderá haver
uma liberalização."
Para ele, a decisão do CMN
permitirá expansão dos investimentos no país, embora não
atenda à totalidade das exportadoras. É que companhias de
ramos como mineração e agropecuária praticamente não importam e, assim, não poderão
se beneficiar das alterações.
Furlan listou os setores que
mais serão beneficiados: petróleo, petroquímica, transporte
(aviões, veículos, trens), automotivo e siderúrgico. Eles necessitam, diz, de um percentual
maior de cobertura cambial,
mas, mesmo assim, já terão
vantagens com as novidades.
As grandes empresas, afirma,
terão redução no custo de capital da ordem de 3%. O percentual será maior para as pequenas e médias empresas, já que
os custos de captação são mais
altos para elas.
Na avaliação do ministro, a
perda de arrecadação gerada
pela medida será compensada
pelo aumento do nível de atividade econômica.
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