São Paulo, quinta-feira, 27 de julho de 2006

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Ideal seria permitir que parte maior dos recursos ficasse no exterior, diz Furlan

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) disse ontem que o "ideal" seria um nível de "50% a 60%" de recursos provenientes de exportações que podem permanecer no exterior. "O número ideal seria entre 50% e 60%, mas 30% é um bom início para avaliar a medida com segurança."
Conforme Furlan, a MP que alterou as regras do mercado de câmbio estabelece que o percentual pode ser elevado até 100%. "Haverá um período de experiência e de avaliação de efeito dessa medida e, a partir dessa avaliação, poderá haver uma liberalização."
Para ele, a decisão do CMN permitirá expansão dos investimentos no país, embora não atenda à totalidade das exportadoras. É que companhias de ramos como mineração e agropecuária praticamente não importam e, assim, não poderão se beneficiar das alterações.
Furlan listou os setores que mais serão beneficiados: petróleo, petroquímica, transporte (aviões, veículos, trens), automotivo e siderúrgico. Eles necessitam, diz, de um percentual maior de cobertura cambial, mas, mesmo assim, já terão vantagens com as novidades.
As grandes empresas, afirma, terão redução no custo de capital da ordem de 3%. O percentual será maior para as pequenas e médias empresas, já que os custos de captação são mais altos para elas.
Na avaliação do ministro, a perda de arrecadação gerada pela medida será compensada pelo aumento do nível de atividade econômica.


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