São Paulo, sexta-feira, 27 de julho de 2007

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"Fundamentos" blindam o país, afirma Mantega

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Numa tentativa de acalmar os mercados financeiros, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, concedeu entrevista coletiva no final da tarde para reafirmar os "fundamentos sólidos da economia brasileira", que, na sua visão, protegem o país de crises externas.
"Estamos tranqüilos porque o país está habilitado a enfrentar essas turbulências sem maiores conseqüências", disse o ministro, que evitou usar a palavra "crise" para se referir às quedas nas Bolsas ontem e à alta do dólar. "Ainda é cedo para falar em crise", disse.
Guiado por um texto preparado previamente, o ministro da Fazenda listou aqueles que, na sua visão, são os quatro fatores que protegem a economia brasileira de choques externos. O primeiro a ser citado foi o câmbio flutuante, mecanismo que, segundo o ministro, permite que eventuais quedas no fluxo de capital para o país sejam absorvidas por meio de variações na taxa de câmbio, sem que haja necessidade de medidas mais drásticas.

Reservas
Mantega citou o saldo recorde das reservas em moeda estrangeira do país (US$ 154,6 bilhões) e os resultados positivos das contas externas como fatores que reduzem a vulnerabilidade externa.
Por último, mencionou "fundamentos sólidos", que incluem inflação baixa e a situação fiscal do governo.
Mantega evitou falar de juros, para não entrar em polêmicas com o Banco Central -"esse assunto é meio que um tabu para mim"- e só disse que a alta do dólar (de 3,27% ontem, para R$ 1,927) não é suficiente para apagar os benefícios trazidos pela queda que já ocorreu (9,83% no ano). "O dólar caiu muito e subiu um pouquinho. Não é suficiente para afetar a inflação."


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