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"Fundamentos" blindam o país, afirma Mantega
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Numa tentativa de acalmar
os mercados financeiros, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, concedeu entrevista coletiva no final da tarde para reafirmar os "fundamentos sólidos da economia brasileira",
que, na sua visão, protegem o
país de crises externas.
"Estamos tranqüilos porque
o país está habilitado a enfrentar essas turbulências sem
maiores conseqüências", disse
o ministro, que evitou usar a
palavra "crise" para se referir às
quedas nas Bolsas ontem e à alta do dólar. "Ainda é cedo para
falar em crise", disse.
Guiado por um texto preparado previamente, o ministro
da Fazenda listou aqueles que,
na sua visão, são os quatro fatores que protegem a economia
brasileira de choques externos.
O primeiro a ser citado foi o
câmbio flutuante, mecanismo
que, segundo o ministro, permite que eventuais quedas no
fluxo de capital para o país sejam absorvidas por meio de variações na taxa de câmbio, sem
que haja necessidade de medidas mais drásticas.
Reservas
Mantega citou o saldo recorde das reservas em moeda estrangeira do país (US$ 154,6 bilhões) e os resultados positivos
das contas externas como fatores que reduzem a vulnerabilidade externa.
Por último, mencionou "fundamentos sólidos", que incluem inflação baixa e a situação fiscal do governo.
Mantega evitou falar de juros, para não entrar em polêmicas com o Banco Central -"esse assunto é meio que um tabu
para mim"- e só disse que a alta do dólar (de 3,27% ontem,
para R$ 1,927) não é suficiente
para apagar os benefícios trazidos pela queda que já ocorreu
(9,83% no ano). "O dólar caiu
muito e subiu um pouquinho.
Não é suficiente para afetar a
inflação."
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