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ABN Amro empresta US$ 200 milhões à VCP
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
Depois de uma secura de cerca
de três meses de novos créditos às
exportações brasileiras, o banco
holandês ABN Amro aprovou
uma operação de US$ 200 milhões para a VCP (Votorantim
Celulose e Papel). O dinheiro será
utilizado para financiar exportações da VCP.
O contrato entre o banco e a
VCP deverá ser assinado ainda
nesta semana, provavelmente na
quarta-feira. O prazo de pagamento concedido pelo banco para
a VCP foi de 12 meses, considerado normal pelo mercado para esse tipo de operação.
De acordo com o que a Folha
apurou, a última operação de financiamento à exportação do
ABN Amro para empresas brasileiras foi no final de maio.
O presidente da Austin Asis,
Erivelto Rodrigues, considera o financiamento do ABN Amro à
VCP um sinal de que as linhas de
crédito à exportação para o Brasil
podem, pouco a pouco, se normalizar. Ele faz a ressalva, no entanto, de que a VCP é uma empresa
de primeira linha. O melhor indicador será mesmo quando os
bancos voltarem a abrir o crédito
às empresas menores e menos conhecidas.
Segundo Rodrigues, nesse momento em que as exportações
brasileiras dão um salto importante com a desvalorização do dólar, é fundamental a reativação
das linhas de crédito privadas.
Segundo o presidente da Austin
Asis, os US$ 4,5 bilhões com que o
Banco Central e o BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social ) estão irrigando o mercado não serão suficientes para atender as necessidades do país. "O governo está fazendo o que pode, mas não é tudo", diz Rodrigues.
O volume atual das linhas de exportação é de US$ 12 bilhões. Ou
seja, faltam US$ 7,5 bilhões para
financiar as exportações brasileiras. Daí a necessidade da volta do
crédito privado.
A normalização do mercado, de acordo com Rodrigues, depende da maior credibilidade dos programas econômicos dos candidatos que lideram as pesquisas eleitorais para a Presidência.
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