DO "FINANCIAL TIMES"

Richard Grasso, presidente da New York Stock Exchange (a Bolsa de Nova York) e um dos defensores da moralização corporativa nos EUA, não declarou de maneira apropriada as ações que recebeu como executivo do setor privado. Grasso e outros diretores da Computer Associates não informaram à SEC (Securities and Exchange Commission) que ganharam ações como comissão, nos últimos cinco anos.
Pela legislação norte-americana, operações desse tipo precisam ser registradas na SEC, a agência federal de fiscalização do mercado financeiro e das empresas de capital aberto. De acordo com a Computer Associates, Grasso cometeu a irregularidade em decorrência de um "erro de interpretação" do departamento jurídico da companhia.
O episódio demonstra como até mesmo os mais sofisticados executivos podem ser levados ao erro por causa das complicadas regulamentações do mercado de capitais. Grasso não foi o único alto executivo a incorrer no engano.
O antigo senador Alfonse D'Amato, que chegou a presidir a Comissão Financeira do Senado, e três outros membros do conselho de administração da Computer Associates cometeram a irregularidade pelo mesmo motivo.
O porta-voz de Grasso disse que o presidente da Bolsa de Nova York não iria comentar o assunto. A Computer Associates, uma das maiores empresas de software dos EUA, informou que houve apenas um erro "técnico" que não teria impacto significativo nos balanços financeiros.

Mais problemas
A empresa de transporte e armazenagem U-Haul está sendo investigada pela SEC devido à demissão de sua empresa de auditoria e a uma série de problemas financeiros e contábeis.
A própria companhia reconheceu a existência de deficiência em seu controle interno. A SEC quer saber o que levou a U-Haul a dispensar os serviços da PricewaterhouseCoopers, com quem vinha trabalhando havia 24 anos.


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