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MERCADO FINANCEIRO
Com a alta de 2,79% de ontem, Bolsa chegou aos 14.877 pontos; risco-país recua para 705 pontos
Bovespa atinge maior nível em 26 meses
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa voltou a subir expressivamente. A alta de 2,79%
registrada no pregão de ontem levou o Ibovespa a seu maior nível
em pontos desde junho de 2001.
O volume negociado na Bolsa
de Valores de São Paulo também
se elevou, ficando em R$ 963,4
milhões, 75% a mais que o registrado na segunda-feira.
O Ibovespa -índice que acompanha as 54 ações de maior negociação da Bolsa- fechou ontem
aos 14.877 pontos. Se depender
das projeções do mercado futuro,
o indicador seguirá em alta. Na
BM&F (Bolsa de Mercadorias &
Futuros), o contrato do Ibovespa
com prazo de vencimento em outubro fechou a 15.313 pontos. Durante a tarde de ontem, a Bolsa
atingiu os 14.947 pontos.
A Bolsa paulista entrou em uma
fase positiva há cerca de duas semanas. Dois fatores foram fundamentais para o mercado acionário ganhar esse recente novo fôlego: os bons resultados apresentados no primeiro semestre por várias empresas de capital aberto e a
redução mais forte da taxa básica
de juros -o Copom (Comitê de
Política Monetária) cortou a Selic
de 24,5% para 22% ao ano na semana passada.
No ano, a valorização da Bovespa está em 32%. Neste mês, o ganho acumulado é de 9,6%.
A alta de 4,78% registrada pelas
ações preferenciais da Telemar foi
fundamental para o desempenho
da Bolsa. É que o papel foi responsável por 21% do giro do pregão
de ontem.
O setor de energia elétrica foi o
que mais se destacou. O papel
preferencial da Eletropaulo subiu
9%, a maior alta do pregão. As
ações com direito a voto da Light
tiveram valorização de 7,2%, e o
papel PNB da Copel fechou com
alta de 5,6%.
Lá fora
Os C-Bonds também tiveram
um dia positivo e fecharam acima
dos US$ 0,90, o que não ocorria
há um mês. Os títulos da dívida
brasileira mais negociados no
mercado internacional subiram
0,62% e encerraram os negócios a
US$ 0,9031.
Com a alta dos C-Bonds, o risco-país fechou em 705 pontos,
com queda de 2,35%.
O dólar seguiu negociado sem
grandes turbulências. Com pequena baixa de 0,27%, a moeda
norte-americana fechou as operações vendida a R$ 2,988.
(FABRICIO VIEIRA)
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