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Divulgação de dados deve orientar os mercados
Ata da última reunião do Fed é aguardada por analistas
DA REPORTAGEM LOCAL
Após a recuperação da semana passada, os investidores devem iniciar os negócios desta
semana mais otimistas. Mas,
com o grande número de eventos econômicos agendados para os próximos dias, os mercados tendem a ter pregões de
bastante oscilação.
Nos Estados Unidos, serão
divulgados dados do setor imobiliário, de inflação e da atividade econômica. Além disso, haverá a apresentação da ata da
última reunião do Fed (Federal
Reserve, o banco central dos
EUA), que aconteceu no dia 7
deste mês e teve como resultado a manutenção da taxa básica
do país em 5,25% anuais.
A ata do Fed vai ser divulgada
amanhã, e os analistas esperam
que traga sinais sobre os próximos passos da autoridade monetária americana.
Com a crise que tem abalado
os mercados mundiais nas últimas semanas, cresceu a pressão para que o Federal Reserve
reduza os juros básicos do país.
O próximo encontro do Fomc
(o Copom do banco central
americano) acontecerá apenas
no dia 18 de setembro.
Ainda amanhã, os investidores irão se deparar com outros
dados econômicos relevantes,
como o índice do setor manufatureiro apurado pelo Fed regional de Richmond e o índice de
confiança do consumidor norte-americano.
Mais uma vez, os investidores vão conhecer dados computados pela MBA (associação
que representa os bancos de financiamento imobiliário nos
EUA), que serão divulgados na
quarta-feira. Como o desempenho do mercado imobiliário da
maior economia do mundo tem
estado no centro das atenções,
qualquer desvio das projeções
pode afetar novamente o humor dos investidores.
Inflação
No Brasil, o destaque de
quarta-feira será o IGP-M de
agosto. A expectativa é a de que
marque inflação de 0,70% -ante 0,28% no mês anterior.
Com a disparada do dólar,
que chegou a ser negociado a
R$ 2,13 há cerca de dez dias, os
analistas voltaram a discutir os
riscos da elevação do câmbio
sobre a inflação.
Porém, como o dólar acabou
arrefecendo nos últimos dias
-recuou para R$ 1,944 na sexta-feira-, a temida pressão inflacionária pode acabar não se
concretizando.
Se a inflação subir de forma
mais consistente, a ponto de
ameaçar a meta inflacionária
oficial, o Banco Central pode
encerrar o processo de redução
da taxa básica de juros, a Selic,
que hoje está em 11,5%.
Dados inflacionários também serão conhecidos nos
EUA. Na sexta-feira, o governo
vai divulgar o PCE (índice dos
gastos pessoais do consumidor
americano). A relevância desse
indicador está no fato de ser o
preferido pelo Fed para acompanhar o consumo no país.
Na sexta-feira passada, o Departamento de Comércio norte-americano divulgou que as
vendas de imóveis residenciais
novos no país tiveram crescimento de 2,8% em julho, superando as expectativas de boa
parte dos analistas.
A reação das Bolsas foi positiva, com altas registradas nas
principais praças financeiras
nos pregões de sexta-feira.
O mercado financeiro mundial tem sido afetado de forma
mais intensa, há pouco mais de
um mês, pela crise que abala o
segmento de crédito imobiliário de alto risco dos EUA -chamado de "subprime".
O que tem preocupado os investidores é o poder de contaminação dessa crise nos resultados de fundos de investimento -que aplicaram em títulos
do setor imobiliário- e de
grandes instituições financeiras internacionais, com uma
eventual crise de crédito.
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