São Paulo, quinta-feira, 27 de setembro de 2001

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Delta demite 13 mil e pede ações mais drásticas do governo dos EUA

DA REDAÇÃO

O governo dos EUA deve tomar medidas ainda mais drásticas para salvar o setor aéreo do país. Essa é a opinião do executivo-chefe da Delta Airlines, Leo Mullin, que anunciou ontem a demissão de 13 mil funcionários. Para ele, as companhias do setor não podem ser "as primeiras baixas da guerra" contra o terrorismo.
A Delta é a terceira maior empresa aérea do país, e a maior em vôos regionais. As demissões foram causadas pela crise no setor aeronáutico, provocada pelos atentados terroristas do dia 11 aos EUA. Além disso, a companhia afirmou que irá diminuir o número de vôos para o exterior.
Para Mullin, os US$ 15 bilhões de ajuda ao setor, aprovados pelo Congresso à pedido do presidente George W. Bush, darão alívio limitado às companhias.
"Antes do dia 11 de setembro, qualquer discussão questionando a capacidade de nossa empresa de sobreviver financeiramente seria impensável", disse Mullin. "Mas uma guerra foi declarada. O resultado é que as perspectivas operacionais e financeiras para as companhias aéreas mudaram bastante", revelou. Além das demissões, que atingem cerca de 16% de todos os empregados da empresa, a Delta deverá cortar o número de vôos em 15%. Para isso, ela deverá deixar de utilizar 60 de seus aviões e reduzir em 50% a frequência de vôos para a Flórida, "por causa da queda nas viagens de lazer".
O nível de ocupação da empresa caiu bastante, segundo Mullin. A média diária de 300 mil passageiros que a Delta tinha antes dos ataques é agora de 140 mil.
"Nós estamos muito, muito, muito abaixo do que precisamos para conseguir lucros", disse ele.


Com agências internacionais

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