São Paulo, sexta-feira, 27 de setembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Com queda de 0,31%, Bovespa movimentou apenas R$ 422,7 milhões; no ano, declínio é de 32%

Apática, Bolsa fecha com pequena baixa

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado acionário paulista teve ontem mais um dia de marasmo neste que tem sido um dos meses com menor volume de negócios dos últimos anos. O giro de apenas R$ 422,7 milhões mostra o desinteresse atual dos investidores por ações.
A Bolsa de Valores de São paulo fechou com pequeno recuo de 0,31%. Isso manteve a desvalorização do Ibovespa -índice que acompanha a oscilação das 56 ações mais negociadas- acumulada em 32% no ano. Somente nesta semana as perdas do índice estão de 4%.
Os papéis da Petrobras concentraram os negócios do dia. As ações preferenciais e ordinárias da empresa estatal movimentaram mais de 20% do volume negociado. O papel Petrobras ON fechou com perda de 1,1%; o PN, com baixa de 0,37%.
A fabricante de papel Klabin esteve entre os destaques de alta. No fim do pregão, as ações preferenciais da empresa registravam alta de 3,4%. Segundo operadores, a justificativa para a maior procura pelo papel seria uma operação de reestruturação de uma dívida externa que a empresa estaria preparando.
Já as ações preferenciais da Net desabaram 11,7%.
O risco-país subiu na esteira do dólar e fechou em 2.224 pontos, com alta de 2%.

Projeções
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos de dólar futuro concentraram as negociações. O volume negociado nesse segmento alcançou R$ 21,7 bilhões, resultado 92,7% superior ao do dia anterior. O número de contratos negociados superou 116 mil, contra 61 mil no dia anterior.
Analistas avaliam que a proximidade do vencimento dos contratos de outubro, no início da próxima semana, inflou os negócios, como acontece normalmente nos últimos dias úteis de cada mês.
Já as projeções de juros dos contratos mais negociados não oscilaram muito. No contrato DI -que considera os negócios entre bancos- com prazo em janeiro, a taxa recuou de 21,76% para 21,58% anuais.
O FRA (Forward Rate Agreement, melhor medida do cupom cambial) de janeiro fechou com taxa de 51,30% ao ano, contra 51,79% ao ano na quarta-feira.
(FABRICIO VIEIRA)


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