São Paulo, domingo, 27 de setembro de 2009

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entrevista 2

Ação é "apenas anestesia de consciências"

ENVIADAS ESPECIAIS A CHAPECÓ

A ativista pelos direitos dos animais Nina Rosa Jacob é o que se chama de "abolicionista" -pela abolição de todas as formas de "exploração dos animais".
Para ela, o trabalho desenvolvido pela WSPA é "apenas uma anestesia de consciências". "As pessoas continuarão ingerindo excesso de proteína e de gordura animal, continuarão ingerindo carne impregnada de pavor", diz.
Segundo a militante, o discurso pró-abate humanitário é omisso quanto aos problemas ecológicos relacionados ao consumo de carne: "Até aonde se poderá levar a destruição do ambiente, as queimadas na Amazônia, o desmatamento para abrir pastos? Temos de trabalhar para reduzir o consumo de carne, não inventar pretextos e incentivos para consumir ainda mais".
"Diz-se que o consumo de carne pode ser humanitário. Mas os animais continuarão confinados, privados da liberdade, sofrendo inseminações artificiais, as fêmeas apartadas de seus filhotes com apenas um dia, gritando chamando a cria. Isso é humanitário?"
De acordo com ela, a maioria das pessoas ainda come carne porque não conhece a realidade das fazendas e dos abatedouros. "Os frigoríficos tentam manter esse mundo bem escondido, enquanto vendem a imagem do boi e do porquinho alegres, que só existe na publicidade."


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