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entrevista 2
Ação é "apenas anestesia de consciências"
ENVIADAS ESPECIAIS A CHAPECÓ
A ativista pelos direitos
dos animais Nina Rosa Jacob é o que se chama de
"abolicionista" -pela abolição de todas as formas de
"exploração dos animais".
Para ela, o trabalho desenvolvido pela WSPA é
"apenas uma anestesia de
consciências". "As pessoas
continuarão ingerindo excesso de proteína e de gordura animal, continuarão
ingerindo carne impregnada de pavor", diz.
Segundo a militante, o
discurso pró-abate humanitário é omisso quanto
aos problemas ecológicos
relacionados ao consumo
de carne: "Até aonde se
poderá levar a destruição
do ambiente, as queimadas na Amazônia, o desmatamento para abrir
pastos? Temos de trabalhar para reduzir o consumo de carne, não inventar
pretextos e incentivos para consumir ainda mais".
"Diz-se que o consumo
de carne pode ser humanitário. Mas os animais continuarão confinados, privados da liberdade, sofrendo inseminações artificiais, as fêmeas apartadas de seus filhotes com
apenas um dia, gritando
chamando a cria. Isso é
humanitário?"
De acordo com ela, a
maioria das pessoas ainda
come carne porque não
conhece a realidade das fazendas e dos abatedouros.
"Os frigoríficos tentam
manter esse mundo bem
escondido, enquanto vendem a imagem do boi e do
porquinho alegres, que só
existe na publicidade."
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