São Paulo, Sábado, 27 de Novembro de 1999


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SAÚDE
A partir do próximo ano, as empresas vão ter de pagar taxa de R$ 2,00 por cliente para manter o órgão
FHC cria agência para regular planos

ISABEL VERSIANI
da Sucursal de Brasília

O presidente Fernando Henrique Cardoso assinou ontem MP (medida provisória) criando a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), responsável por fiscalizar e regular os planos de saúde. Para financiar a agência, a MP instituiu a Taxa de Saúde Suplementar, que deverá ser paga anualmente pelas empresas de planos de saúde a partir do ano que vem.
O valor da taxa será de R$ 2,00 por cliente, menos um desconto calculado com base no número de clientes da empresa e na abrangência geográfica e médica dos serviços oferecidos. Quanto maior a abrangência do plano, maior será a taxa.
As empresas também ficarão obrigadas a pagar, a partir de janeiro do ano que vem, uma taxa extra à agência todas as vezes que forem registrar um novo produto ou alterar dados dos planos já existentes. Essa taxa adicional irá variar entre R$ 500 e R$ 2.000, dependendo do procedimento.
A ANS também ficará com todas as multas pagas pelas empresas no caso de descumprimento da legislação do setor.
O governo também reeditou ontem a MP dos planos de saúde. Uma das alterações no texto estabelece que os bens dos donos e dirigentes das empresas poderão ser utilizados para honrar compromissos contratuais assumidos com clientes e fornecedores.
A ANS, que será sediada no Rio de Janeiro, assumirá a responsabilidade de regular as questões financeiras dos planos, incluindo autorizações para reajustes de preços, e também de monitorar a qualidade dos serviços oferecidos pelas empresas. Até o dia 15 deste mês, essas funções eram divididas entre o Ministério da Saúde e a Susep (Superintendência de Seguros Privados), ligada ao Ministério da Fazenda.
A nova agência será subordinada ao Consu (Conselho Nacional de Saúde Suplementar), conselho normativo ministerial presidido pelo ministro-chefe da Casa Civil, e terá cinco diretores nomeados pelo presidente da República e com mandatos fixos.
O Consu é o órgão responsável pela normatização do setor e a agência funcionará como o braço executivo do governo na área de planos, fiscalizando as empresas, autorizando a criação de novos planos e autorizando reajustes.



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