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Remessas de dólar para fora
pela CC-5 recuam 69% em novembro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Passadas as eleições, as remessas de dólares para o exterior feitas pelas CC-5 (contas de não-residentes) registraram forte recuo
neste mês. Entre os dias 1º e 25 de
novembro, US$ 389 milhões foram enviados para fora do país
por esse instrumento, segundo
dados do Banco Central. O valor é
69% menor do que o registrado
entre os dias 1º e 23 de outubro.
Ao longo de todo o mês de outubro, as remessas feitas pelas CC-5 chegaram a US$ 1,725 bilhão, nível mais elevado do ano.
Neste ano, US$ 8,964 bilhões já
deixaram o país por meio desse
instrumento. Esse número supera
o total de remessas feitas durante
todo o ano de 2001, que ficou em
US$ 6,11 bilhões.
As contas CC-5 foram criadas
em 1964 para permitir que estrangeiros movimentassem contas em
dólar dentro do país. Atualmente,
esse nome é usado para designar
todos os instrumentos disponibilizados pelo governo para que remessas de dólares sejam feitas
sem que seja preciso explicar ao
BC os motivos da transação.
Motivos da operação
Pelos outros instrumentos legais existentes, é preciso que se
explique ao BC o porquê da operação -pagamento de juros, importação de mercadorias, remessas de lucros, gastos com viagens,
entre outras.
Em outras palavras, a CC-5 é
uma maneira menos burocrática
utilizada para a remessa de dólares para o exterior.
Por isso, é bastante utilizada em
momentos de crise por investidores que querem proteger seu patrimônio.
Segundo dados do BC, a maior
parte do dinheiro que sai pelas
CC-5 é enviada por empresas. Entre janeiro e outubro, as empresas
responderam por 87% do total de
remessas feitas para o exterior no
período.
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