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MERCADO FINANCEIRO
Com poucas novidades, mercado passa dia tenso com a iminência da guerra Estados Unidos-Iraque
Bolsa fecha em queda, e dólar sobe 1,71%
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dia de poucos negócios
e sem novas notícias para animar
o mercado, o dólar fechou em alta
de 1,71%, cotado a R$ 3,565.
O risco-país subiu 2,3%, para
1.417 pontos, devido à desvalorização de 1,22% do C-Bond, principal título da dívida externa brasileira e papel de maior peso na
composição do índice.
Segundo Sérgio Machado, diretor do banco Fator, o mercado
ainda repercute mal alguns nomes do ministério do governo Lula e a notícia de que não houve
acordo entre o PT e o PMDB.
"Os primeiros ministros eram
mais técnicos e depois os anúncios pareceram mais políticos.
Além disso, o agravamento da crise no Iraque ajuda a piorar o cenário. Somando tudo isso, não dá
para ter bom humor."
O leilão de US$ 150 milhões em
linhas externas promovido pelo
Banco Central ajudou a cotação
do dólar a cair um pouco no final
da manhã. Apesar de a demanda
por dólares ter sido grande, a notícia de que muitas empresas estavam procurando a moeda para
quitar vencimentos foi desmentida, pois, segundo operadores, a
maioria já se preparou durante a
semana passada. "O mercado está
cauteloso, mostrando um pouco
de preocupação com o início do
ano. Ninguém que precisava de
dólares para pagar dívidas deixou
para comprar nestes dias", disse
Machado.
A valorização da moeda norte-americana impulsionou a alta das
ações de empresas exportadoras
negociadas na Bolsa, em um dia
de baixas para a maioria dos papéis. Embraer PN, por exemplo,
subiu 2,8%, e Vale do Rio Doce
ON teve alta de 1,88%.
O Ibovespa, índice que reúne os
56 papéis mais negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, fechou em baixa de 1,32%, aos
11.318 pontos. O volume de R$
246 milhões, apesar de baixo, era
esperado devido à época do ano.
Para José Costa Gonçalves, diretor da Multistock Corretora, a
Bolsa opera em "ritmo de final de
ano". As maiores altas do dia foram Light ON (4,2%), Siderúrgica
Tubarão PN (3,8%) e Petrobras
Distribuidora PN (3,1%).
As maiores baixas do dia ficaram com as ações da Embratel. As
preferenciais caíram 9,4% e as ordinárias, 8,9%. A desvalorização
foi atribuída principalmente à
realização de lucros, já que nos últimos 30 dias o papel acumula alta
de mais de 50%.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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