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COMBUSTÍVEL
Objetivo é evitar cobrança pelo valor máximo
Decreto de Lula deve manter Cide em R$ 0,50 por litro de gasolina
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em seu primeiro dia como presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva deve baixar um decreto para manter a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) cobrada sobre o
litro da gasolina em R$ 0,50.
Não é intenção do governo Lula
aumentar imediatamente a Cide
para R$ 0,86 a partir de 1º de janeiro. Na proposta orçamentária,
aprovada pelo Congresso, o teto
da contribuição por litro de gasolina passou de R$ 0,50 para R$
0,86. Com isso, o governo pode
cobrar o limite caso haja necessidade de aumentar a arrecadação.
O Orçamento de 2003 prevê arrecadar R$ 10,7 bilhões com a Cide.
O deputado reeleito Luciano Zica (PT-SP) se reuniu ontem com
o futuro ministro da Casa Civil,
José Dirceu, no escritório da equipe de transição, em Brasília, para
discutir a redação do decreto.
"Fernando Henrique distorceu
o papel da Cide. Ela tem um papel
regulador", disse Zica. "Não queremos que a Cide incida no preço
da gasolina. Se esse decreto não
for baixado, o bolso do consumidor vai ser afetado."
O decreto presidencial deve
prever que a contribuição se mantenha em R$ 0,50, podendo ser
maior conforme as exigências do
mercado. Um aumento para o limite de R$ 0,86, porém, pode ter
fortes efeitos sobre a inflação. Cálculos do mercado apontam para
um aumento de 30% no preço da
gasolina caso o governo eleve a
contribuição ao teto.
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