São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 2008

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No Rio, comércio popular No Rio, perfil das vendas foi mais "popular"

LUIZA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO

No Natal da crise, o grande beneficiado foi o comércio popular. Com a incerteza rondando a cabeça e o bolso dos consumidores, o carioca procurou presentes em grandes centros populares, como o Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega), equivalente a rua 25 de Março em São Paulo. Ali, as vendas aumentaram 20%. Nos shoppings, o Natal repetiu o desempenho de 2007: pesquisa da Associação das Empresas Lojistas em Shoppings (Aloserj) mostrou que as vendas subiram 0,2% em relação ao ano passado.
O diretor-executivo da Aloserj, Gilberto Catran, diz que esse dado confirma a migração do consumidor de classe média. Nos shoppings, segundo ele, o valor médio dos presentes caiu de R$ 81 para R$ 68. Calçados, roupas e acessórios foram os itens mais procurados, beneficiados pela alta no preço dos eletrodomésticos. Os pagamentos à vista superaram os parcelados. Catran considerou o resultado positivo. "Foi bom por conta do que parecia que ia ser em outubro".
Já no Saara, a crise parece ter passado longe. Nas 1.200 lojas populares espalhadas por 11 ruas do centro, foram registrados recordes de movimento, com mais de 2 milhões de pessoas em alguns dias. As lojas estenderam seu funcionamento em três horas. O gasto médio em presentes se manteve entre R$ 30 e R$ 50. Brinquedos e roupas alavancaram as vendas. "Esse foi o melhor Natal que já tivemos. A crise está só nos EUA", comemora Ênio Bittencourt, presidente do complexo.
Mesmo sem o balanço das vendas natalinas no comércio varejista, é provável que o fraco desempenho dos shoppings, que representam um quarto das vendas no varejo, não afete o crescimento, segundo Aldo Gonçalves, presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio.


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