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No Rio, comércio popular No Rio, perfil das vendas foi mais "popular"
LUIZA BANDEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO RIO
No Natal da crise, o
grande beneficiado foi o
comércio popular. Com a
incerteza rondando a cabeça e o bolso dos consumidores, o carioca procurou presentes em grandes
centros populares, como o
Saara (Sociedade de Amigos das Adjacências da
Rua da Alfândega), equivalente a rua 25 de Março em
São Paulo. Ali, as vendas
aumentaram 20%. Nos
shoppings, o Natal repetiu
o desempenho de 2007:
pesquisa da Associação
das Empresas Lojistas em
Shoppings (Aloserj) mostrou que as vendas subiram 0,2% em relação ao
ano passado.
O diretor-executivo da
Aloserj, Gilberto Catran,
diz que esse dado confirma a migração do consumidor de classe média.
Nos shoppings, segundo
ele, o valor médio dos presentes caiu de R$ 81 para
R$ 68. Calçados, roupas e
acessórios foram os itens
mais procurados, beneficiados pela alta no preço
dos eletrodomésticos. Os
pagamentos à vista superaram os parcelados. Catran considerou o resultado positivo. "Foi bom por
conta do que parecia que
ia ser em outubro".
Já no Saara, a crise parece ter passado longe. Nas
1.200 lojas populares espalhadas por 11 ruas do
centro, foram registrados
recordes de movimento,
com mais de 2 milhões de
pessoas em alguns dias. As
lojas estenderam seu funcionamento em três horas.
O gasto médio em presentes se manteve entre R$ 30
e R$ 50. Brinquedos e roupas alavancaram as vendas. "Esse foi o melhor Natal que já tivemos. A crise
está só nos EUA", comemora Ênio Bittencourt,
presidente do complexo.
Mesmo sem o balanço
das vendas natalinas no
comércio varejista, é provável que o fraco desempenho dos shoppings, que
representam um quarto
das vendas no varejo, não
afete o crescimento, segundo Aldo Gonçalves,
presidente do Clube dos
Diretores Lojistas do Rio.
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