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Rússia escolhe empresas que não deixará quebrar
DA REDAÇÃO
No dia em que o rublo atingiu
seu menor patamar diante do
dólar e do euro em três anos, a
Rússia anunciou uma lista de
295 companhias que considera
estratégicas e, por isso, serão
respaldadas pelo governo na
iminência de bancarrota.
A lista inclui gigantes como a
estatal de gás Gazprom e a petroleira Rosnet. A mineradora
Norilsk Nickel, a operadora de
telefonia celular Vimpelcom, a
empresa aérea Aeroflot, além
de várias companhias estatais
constam do grupo de empresas,
que receberão apoio do governo caso ameacem quebrar.
O Kremlin não deu detalhes
sobre o plano preventivo, mas
em comunicado disse que "a inclusão de uma companhia não
garante o recebimento de suporte financeiro". A nota cita a
possibilidade de subvenção governamental, além de incentivo fiscal para as empresas listadas. O governo justificou a medida com o objetivo de "minimizar conseqüências sociais e
econômicas negativas, no caso
do fechamento das empresas".
Rublo
A moeda russa sofreu ontem
a sua décima-primeira desvalorização desde setembro, atingindo seu menor patamar em
três anos. Com o câmbio regulado pelo Banco Central, com
base numa cesta de dólares e
euros, o rublo retraiu, desde
então, 15% diante da moeda
americana e 12% ante o euro.
Em 1998, o rublo sofreu uma
maxidesvalorização durante a
Crise da Rússia. Escaldado, o
governo russo já torrou 25% de
suas reservas cambiais (hoje de
US$ 451 bilhões, a terceira
maior do planeta), desde o estopim da crise, a fim de manter
a estabilidade da moeda.
Antes pujante, a economia da
Rússia tem sofrido com força os
efeitos da crise, sobretudo após
a derrocada dos preços de gás e
petróleo, duas das principais
fontes de divisa do país. O governo russo ameaçou alinhar
sua produção às orientações da
Opep (Organização dos Países
Exportadores de Petróleo), e o
país lidera a criação de um cartel semelhante, com os países
exportadores de gás.
O país deve crescer 3,5% em
2009, segundo o FMI (Fundo
Monetário Internacional), que
antes previa expansão de 5,5%.
Há duas semanas, foi anunciado que a produção industrial
caiu 10,8% em novembro, ante
o mês anterior.
Com agências internacionais
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