São Paulo, sábado, 27 de dezembro de 2008

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Rússia escolhe empresas que não deixará quebrar

DA REDAÇÃO

No dia em que o rublo atingiu seu menor patamar diante do dólar e do euro em três anos, a Rússia anunciou uma lista de 295 companhias que considera estratégicas e, por isso, serão respaldadas pelo governo na iminência de bancarrota.
A lista inclui gigantes como a estatal de gás Gazprom e a petroleira Rosnet. A mineradora Norilsk Nickel, a operadora de telefonia celular Vimpelcom, a empresa aérea Aeroflot, além de várias companhias estatais constam do grupo de empresas, que receberão apoio do governo caso ameacem quebrar.
O Kremlin não deu detalhes sobre o plano preventivo, mas em comunicado disse que "a inclusão de uma companhia não garante o recebimento de suporte financeiro". A nota cita a possibilidade de subvenção governamental, além de incentivo fiscal para as empresas listadas. O governo justificou a medida com o objetivo de "minimizar conseqüências sociais e econômicas negativas, no caso do fechamento das empresas".

Rublo
A moeda russa sofreu ontem a sua décima-primeira desvalorização desde setembro, atingindo seu menor patamar em três anos. Com o câmbio regulado pelo Banco Central, com base numa cesta de dólares e euros, o rublo retraiu, desde então, 15% diante da moeda americana e 12% ante o euro.
Em 1998, o rublo sofreu uma maxidesvalorização durante a Crise da Rússia. Escaldado, o governo russo já torrou 25% de suas reservas cambiais (hoje de US$ 451 bilhões, a terceira maior do planeta), desde o estopim da crise, a fim de manter a estabilidade da moeda.
Antes pujante, a economia da Rússia tem sofrido com força os efeitos da crise, sobretudo após a derrocada dos preços de gás e petróleo, duas das principais fontes de divisa do país. O governo russo ameaçou alinhar sua produção às orientações da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), e o país lidera a criação de um cartel semelhante, com os países exportadores de gás.
O país deve crescer 3,5% em 2009, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional), que antes previa expansão de 5,5%. Há duas semanas, foi anunciado que a produção industrial caiu 10,8% em novembro, ante o mês anterior.


Com agências internacionais


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