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CRÉDITO
Taxa para pessoas jurídicas subiu 10,9% em 2003, informa a Serasa
Inadimplência cresce na indústria
DA REPORTAGEM LOCAL
O ritmo de expansão da inadimplência do consumidor no
país caiu em 2003. No entanto,
para as empresas, o comportamento foi inverso. Juros reais ainda elevados e baixa atividade econômica "travaram" o orçamento
das companhias no ano passado.
Como resultado, a inadimplência de pessoas jurídicas -que
cresceu 5,2% em 2002- registrou
uma alta bem maior, de 10,9%,
em 2003, em relação ao levantamento do ano anterior.
Ao se somarem os indicadores,
o ritmo da expansão da inadimplência total (inclui pessoas físicas
e jurídicas), no entanto, apresentou queda no ano passado.
Na análise da Serasa (Centralização de Serviços Bancários) que
apresentou os números ontem,
"foram as empresas menos capitalizadas que tiveram as maiores
dificuldades para honrar com
seus compromissos" em 2003.
Companhias de menor porte tiveram de lidar com a forte queda
na renda, a redução na demanda
e, consequentemente, o aumento
nos custos de estocagem em um
cenário de queda muito lenta nos
juros para empréstimos. As empresas captam recursos em bancos para capital de giro, principalmente. Esse quadro pressionou o
caixa das companhias e aumentou as dificuldades do setor em
quitar os débitos.
Segundo dados do levantamento, o atraso no pagamento pelas
empresas gera volume expressivo
de títulos protestados de bancos e
fornecedores em cartórios. É por
meio dos títulos que os credores,
na maioria das vezes, cobram o
valor não pago, segundo estudo
da entidade.
Pessoas físicas
De janeiro a dezembro de 2003,
a inadimplência de pessoas físicas
cresceu 5,2% em relação ao mesmo intervalo de 2002. A taxa é inferior à apurada no período anterior. Em 2002, a taxa de inadimplência apresentou um crescimento de 23,9% sobre 2001. Segundo o Departamento de Economia da Serasa, houve uma desaceleração, portanto. No caso do
consumidor, ocorreu uma queda
na taxa porque o trabalhador se
esforçou, durante todo o ano passado, para pagar dívidas em atraso com lojas e bancos em geral.
Entre os meios de pagamento
analisados, o cheque sem fundos
ainda tem a maior taxa de inadimplência, mas está perdendo
peso. Isso porque o registro de
clientes com débitos nos bancos,
por meio de empréstimos, tem
crescido.
(ADRIANA MATTOS)
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