São Paulo, sábado, 28 de janeiro de 2006

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MERCADO ABERTO

Reputação é essencial para empresas

Imagem é tudo. A reputação é o bem mais precioso entre todos os outros para uma empresa. Pesquisa do instituto de estudos britânico Economist Intelligence Unit diagnosticou que a manutenção do bom nome de uma companhia é a mais importante e difícil tarefa para gestores de riscos de corporações.
O resultado é explicado pelo fato de executivos verem a reputação como a principal arma contra a concorrência. Se a reputação sofre danos, certamente a companhia passa a correr riscos. Mudanças no ambiente de trabalho também podem atingir a imagem das empresas e deixá-las vulneráveis.
No ranking de riscos a que uma corporação está exposta, o segundo lugar é ocupado por problemas regulatórios causados por leis novas ou já existentes. Ameaças trazidas pelo mercado ocupam a quinta posição. Na nona estão problemas causados por ações terroristas.
Entre outros dados, a pesquisa revela que grandes empresas investem mais em gerenciamento de crise que as pequenas. Em grupos com rendimento maior que US$ 10 bilhões, a cada cinco executivos pesquisados, quatro responderam que a empresa investe em gerenciamento de risco. No caso de grupos com rendimento de até US$ 1 bilhão, apenas a metade dos pesquisados citou esse tipo de estratégia.
Uma vez danificada, recuperar avarias na imagem de uma empresa não é nada fácil. Segundo os dados apurados, para 62% das companhias, a reputação é a coisa mais difícil de ser "consertada". Para fazê-lo, as empresas usam, em primeiro lugar, planejamento próprio. A segunda opção é seguir pesquisas e recomendações feitas por consumidores, mídia e grupos específicos.
Como conclusão, o estudo diz que o chamado "risco de reputação" pode ser abalado por qualquer tipo de fracasso em negociação e que, para uma empresa funcionar, é preciso estabelecer uma boa imagem em primeiro lugar, mantê-la ao longo de cada negociação e recuperá-la sempre que necessário.
Para chegar a esse resultado, foram ouvidos 269 executivos de grandes corporações que lidam com risco, no mundo todo.

LUXO NO SUL
O grupo Habitasul, que atua nos ramos imobiliário e de hotelaria na região Sul do país, vai promover investimentos de R$ 88 milhões até 2008 em três novos empreendimentos de alto padrão, no complexo residencial Jurerê Internacional, em Florianópolis, Santa Catarina. O custo de cada unidade habitacional varia de R$ 400 mil a R$ 5 milhões. O projeto vai ocupar uma área total de 64 mil m2.

ENERGIA POSITIVA
O Brasil e, mais precisamente, o Estado de Tocantins estão na lista de prioridades da franco-belga Suez Energy Internacional. A empresa espera leilão de energia para construir duas hidrelétricas, a de São Salvador (com capacidade de 240 MW) e a de Estreito (1.087 MW). Enquanto isso, investe US$ 1,25 bilhão no Bahrain, com uma termelétrica e a dessalinização de quase 345 milhões de litros de água.

A FILA ANDA
Analistas de mercado apostam que a saída do banco de investimentos Goldman Sachs do Brasil motivou a entrada do Citibank na assessoria da francesa EDF para a venda de seus ativos no Brasil -Light e Termelétrica Norte Fluminense. A transferência de toda a equipe profissional do Goldman Sachs para o Citibank teria sido totalmente inesperada, dando um grande susto em todos da empresa.

ERA DO GELO
O calor em São Paulo no início do ano tem impulsionado a procura por gelo na cidade. Lojas da capital paulista chegam a registrar aumento de até 100% na procura de clientes. Na Planeta Gelo, no bairro do Cambuci, na zona sul, as vendas saltaram de 300 para 500 sacos de gelo de 10 kg por dia, um aumento de 67%. Além do consumidor "comum", a demanda cresceu também entre autônomos, como ambulantes que decidem vender bebidas ou sorvetes na rua, diz Bruno Ferreira, gerente da loja. Apesar da procura, indústrias que fabricam gelo negam que possa faltar estoques. É o caso da K-Gelo, também em São Paulo, que atende ao atacado e ao varejo. "Houve um brutal aumento nas vendas", afirma o diretor da empresa Rodolfo Inácio Filho -a companhia não quis divulgar dados de faturamento. Mas, para ele, seria preciso uma série de dias de muito calor e pouca umidade -o que, no seu entender, ainda não ocorreu- para que houvesse desabastecimento.

SEM REVEZAMENTO
O Ibracon (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) manifestou-se positivamente sobre a decisão do CMN de suspender o rodízio de auditorias dos bancos. "Estamos convencidos de que o rodízio de auditorias traz mais malefícios do que benefícios. Nos últimos anos, foram tomadas medidas para que o trabalho de auditoria seja bem feito", afirma Edison Arisa, diretor-presidente do Ibracon.

CRISE DE IDENTIDADE
A dinamarquesa Lego, famosa por seus brinquedos de plástico, está revolucionando as relações entre corporações e consumidores. É o que revela a revista "Wired" na edição de fevereiro em sua reportagem de capa. A empresa tem convidado clientes que compraram o kit para montar robôs Mindstorms -que já se tornou o mais vendido de sua história- a participar do desenvolvimento de novas versões do produto, entre eles muitos engenheiros que mal chegam a ganhar por esse trabalho, relata a revista.


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