|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Bolsa escapa da baixa no dia, mas cai 1,3% na semana
Dia ruim no exterior leva dólar a ter nova alta, de 1%
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa conseguiu escapar
de terminar o pregão no vermelho, em mais um dia marcado
pelo pessimismo nos EUA.
Além da retração mais forte no
PIB norte-americano do que o
esperado, a troca de ações do
Citigroup, que elevará a participação do governo no banco,
concentrou as atenções dos investidores. Depois de muito sobe-e-desce, o índice Ibovespa
terminou praticamente estável, com ligeira alta de 0,01%.
Em Wall Street, onde as
ações do Citigroup desabaram
39%, o índice Dow Jones fechou com depreciação de
1,66%, para 7.062 pontos -o
menor nível desde 1997.
A Bovespa operou boa parte
do dia colada ao mercado norte-americano e chegou a registrar queda de 2,24% em seu
pior momento de ontem. Na
máxima, subiu 1,63%. As ações
da Petrobras e da Vale acabaram por ditar a oscilação da Bovespa. Os papéis das duas companhias responderam por quase 47% da movimentação total.
O papel preferencial da Petrobras, que subiu 3% na máxima do dia, encerrou o pregão
com baixa de 0,45%. Seu papel
ordinário subiu 0,61%. E a ação
preferencial "A" da Vale teve alta de 1,01%.
"O mercado financeiro lá fora teve um dia bem ruim, devido aos indicadores econômicos
e ao caso do Citibank", afirmou
Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.
O dólar acabou por encerrar
o dia vendido a R$ 2,37, com alta de 1,02%. No ano, a moeda
americana passou a registrar
apreciação de 1,54%.
Na semana mais curta devido
ao feriado de Carnaval, o índice
Ibovespa, que reúne as 66 ações
mais negociadas na Bolsa, registrou queda de 1,37%. De seus
papéis, 33 subiram, 32 caíram e
1 ficou estável no período.
"Com o noticiário externo
ruim, acreditamos que nos próximos dias a Bolsa de Valores
brasileira siga operando com
viés negativo, mantendo forte
volatilidade", afirmou Julio
Martins, diretor da Prosper
Gestão de Recursos.
Em meio a dados econômicos desanimadores, o mercado
acionário mundial tem encontrado dificuldades para interromper um período de perdas
que se estende há meses. Ontem, a Bolsa de Londres recuou
2,18%; em Frankfurt, a queda
ficou em 2,51%.
O PIB americano no quarto
trimestre de 2008 apresentou
recuo de 6,2%, enquanto as
previsões apontavam para queda inferior a 5,5%. O Japão
anunciou que a produção industrial no país caiu 10% em janeiro. Na zona do euro, foi divulgado que a taxa de desemprego subiu de 8,1% em dezembro para 8,2% em janeiro.
Com todos esses sinais de
maior retração da economia
mundial, o petróleo acabou por
não sustentar a apreciação que
vinha registrando nos últimos
dias. Ontem, em Nova York, o
barril de petróleo caiu 1,02%,
para US$ 44,76.
Com o petróleo encerrando o
mês em níveis mais elevados, a
ação ON da Petrobras acabou
por se destacar na semana, com
apreciação de 3,8%.
Entre as maiores baixas da
semana, apareceram as ações
preferenciais da Gerdau, que
recuaram 6,08%.
Ontem, as ações da Gerdau
encerraram com perdas de
1,08% (ON) e 0,93% (PN), após
a agência Standard & Poor's colocar a nota de crédito atribuída à empresa em "observação
negativa" -o que significa que
pode ser rebaixada. Para justificar a decisão, a agência fala em
"deterioração na rentabilidade
e na geração de caixa" da empresa, devido às "condições
econômicas adversas na América do Norte e nos mercados
de exportação do Brasil".
Texto Anterior: Agência avalia garantias dos donos da Gol Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|