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Dólar é destaque no mês com valorização de 2,2%
Bolsa de Valores não sustenta ganhos e recua 2,8%
DA REPORTAGEM LOCAL
A piora do mercado internacional nas últimas semanas
acabou por levar o dólar a encerrar o mês com valorização
de 2,24% diante do real, cotado
a R$ 2,37. Na outra ponta, a
Bolsa de Valores de São Paulo
terminou fevereiro com queda
acumulada de 2,84%.
Como aplicar em dólares não
é uma opção muito procurada
atualmente, os investidores
que investem em fundos e títulos que pagam juros tiveram de
se contentar com um retorno
menos animador do que o verificado há alguns meses. Isso
porque a taxa básica Selic -referência para os juros praticados no mercado- está em processo de redução.
Os fundos de renda fixa vão
pagar, na média, 0,92% em fevereiro. Até mesmo o CDB
(Certificado de Depósito Bancário), que foi o destaque de
2008, mostrou-se menos atrativo no mês, com taxa média de
0,81%. A poupança pagou apenas 0,55% no mês.
A taxa básica Selic foi reduzida na primeira reunião deste
ano do Copom (Comitê de Política Monetária), de 13,75% para
12,75%. Para o fim de 2009, a
previsão do mercado é que a taxa esteja em 10,5%. Dessa forma, as aplicações que pagam juros tendem a ter retorno ainda
menor com o passar dos meses.
A Bovespa começou o mês
em ritmo forte, mas acabou por
sucumbir à piora do cenário
norte-americano. A elevação
das preocupações com o setor
bancário dos EUA estancou a
entrada de recursos externos
na Bovespa, o que tirou fôlego
do mercado acionário brasileiro. No ano, a alta da Bolsa está
em apenas 1,69%.
"O desempenho da Bolsa no
próximo mês vai depender
muito das notícias referentes
ao setor bancário norte-americano. Essa dependência do cenário externo acaba por dificultar as previsões para a Bovespa", afirma Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da corretora Souza Barros.
O índice Ibovespa, principal
referência do mercado acionário local, chegou a acumular valorização de 8,8% na primeira
semana deste mês. Nesse período, o apetite dos estrangeiros por papéis de companhias
brasileiras estava bem forte.
O saldo das operações dos estrangeiros, que alcançou R$ 2,2
bilhões no dia 9, recuou para
R$ 562 milhões no dia 20. Em
2008, a saída de capital externo
da Bolsa, a partir de junho, teve
grande peso na queda de 41,2%
registrada pelo Ibovespa.
(FABRICIO VIEIRA)
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