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Previsão era 2,8%
Palocci admite expansão menor do PIB em 2003
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse ontem que o
crescimento econômico deste ano
deverá ficar abaixo dos 2,8% do
PIB (Produto Interno Bruto) previstos pelo governo. Segundo ele,
a equipe econômica está refazendo as projeções e a nova estimativa deve ficar entre 1,8% e 2,8%.
Um baixo crescimento econômico significa menos geração de
emprego e renda no país. "Há um
ajuste fiscal severo. O Brasil precisa disso para poder controlar a inflação e ter um crescimento que
seja sustentável. Porque, se o crescimento for inflacionário, não é
duradouro", disse Palocci em audiência no plenário do Senado.
O senador César Borges (PFL-BA), lembrou que estudo do Ipea
(Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada), ligado ao Ministério
do Planejamento, aponta crescimento de 1,8% neste ano.
"As nossas previsões estarão
entre o número do Ipea e o número que trabalhávamos inicialmente", declarou Palocci. No ano passado, na campanha eleitoral, o PT
falava em crescimento médio de
ao menos 4% numa gestão Lula.
Palocci adiantou ainda que o
superávit primário (economia de
receita para pagamento de juros
da dívida) obtido pelo setor público em fevereiro, que será divulgado hoje, deverá ser similar ao alcançado em janeiro, ou seja, cerca
de 7% do PIB.
O ministro explicou que novos
dados sobre a economia brasileira
serão incluídos na proposta da
LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) que o Executivo enviará ao
Congresso no próximo mês.
"A política econômica que estamos adotando vai dar condições
de crescimento e não fará, como
nos governos anteriores, o que se
fez com a dívida pública. Isso custou muito ao Brasil e está custando até agora", acrescentou.
Palocci ainda afirmou estar disposto a conversar com os governadores a possibilidade de mudar
o atual indexador da dívida dos
Estados com a União -IGP-DI.
Palocci relatou que o tratamento entre o governo Luiz Inácio Lula da Silva e o FMI (Fundo Monetário Internacional) tem sido
muito respeitoso. "Mas deixamos
claro que a política econômica a
ser adotada será definida pelas
autoridades brasileiras."
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