|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
BLOCO
Instalação dificulta a agenda
Fábricas de celulose "travam" o Mercosul
DE BUENOS AIRES
A agenda do Mercosul é hoje refém da resolução do conflito entre
Argentina e Uruguai por conta da
construção de indústrias de celulose no lado uruguaio.
A avaliação emerge de declarações do presidente da Comissão
Permanente de Representantes
do Mercosul, o ex-vice-presidente
argentino Chacho Alvarez.
"O conflito das fábricas de celulose termina pondo em segundo
plano todas as atividades", disse.
Alvarez defendeu, porém, a decisão dos demais sócios do Mercosul de não interferir no conflito
e deixar que argentinos e uruguaios resolvam o problema.
Um dos motivos é a fragilidade
institucional do bloco -há um
vácuo em termos de legislação
ambiental e só há um tribunal para a resolução de controvérsias
basicamente comerciais.
"Diferentemente das regras
existentes na União Européia, o
Mercosul não tem uma legislação
ambiental comum, onde esteja
previsto o impacto de cada tipo de
indústria", afirmou.
Desde novembro, é grande a
tensão entre os vizinhos pela instalação de duas indústrias de celulose em território uruguaio, próximo à fronteira com a Argentina.
O governo argentino afirma que a
construção poluirá o rio Uruguai,
compartilhado pelos países, e
destruirá a agricultura e o turismo
na região.
A oposição argentina gerou
protestos de ambientalistas e o
bloqueio das principais fronteiras
terrestres com o Uruguai.
Texto Anterior: Ajuda: Slim faz doação de US$ 2,5 bi no México Próximo Texto: Panorâmica - Comércio exterior: Saldo da balança comercial chega a US$ 8,7 bi, mas ritmo de crescimento cai Índice
|