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JUSTIÇA
Membros de sindicato ligado à CUT são presos por extorsão
DA AGÊNCIA FOLHA
Três pessoas que se diziam
representantes do Sindicato
dos Rodoviários de Campinas (93 km de SP), filiado à
CUT (Central Única dos Trabalhadores), foram presas
anteontem em flagrante. De
acordo com a Polícia Civil,
eles extorquiam a operadora
do plano de saúde dos cobradores e motoristas da cidade.
Estava no grupo o tesoureiro do sindicato, Gabriel de
Souza, a advogada da entidade, Kátia Gomide, e Marcos
Cará, apontado como companheiro dela. A reportagem
não conseguiu contato com
advogados que os representassem.
A prisão, filmada pela polícia, aconteceu quando representantes do plano de saúde
entregaram parte dos R$ 600
mil exigidos pelo grupo.
De acordo com o Ministério Público de São Paulo, que
participou da ação, era a primeira parcela do pagamento
das concessionárias de ônibus à operadora do plano.
Conforme a gravação da
Polícia Civil, exibida pelo
"Jornal da Globo", da TV
Globo, o grupo afirmou que o
pagamento era necessário
diante da colaboração do sindicato com o contrato, já que
assembléia da categoria
aprovou os descontos em folha que pagavam parte dos
custos do plano.
No vídeo, Gomide afirma
que a prática é comum no
sindicalismo.
A gravação também a mostra contente com o recebimento do dinheiro. "Tem
que tirar uma foto."
No vídeo, o grupo ameaça
promover uma greve -o que
poderia paralisar o sistema
de transporte coletivo em
Campinas- para obrigar as
concessionárias a cancelarem o contrato com o plano
de saúde caso não fossem
atendidos.
O presidente do Sindicato
dos Rodoviários, Matusalém
de Lima, não foi localizado
para comentar a prisão. A reportagem deixou recado na
sede do sindicato.
Em nota, o presidente da
CUT no Estado, Edílson de
Paula, disse acreditar na idoneidade da entidade. Ele se
refere ao fato como isolado,
sem precedente.
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