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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Setor elétrico paga duas Belo Monte em tributos
A carga tributária atingiu
45,08% do total da receita global do setor elétrico brasileiro,
segundo a consultoria PricewaterhouseCooppers.
O levantamento mostra que,
em 2008, as 54 empresas pesquisadas do setor, entre geradores, transmissores e distribuidores, pagaram R$ 46,2 bilhões de uma receita de R$
102,5 bilhões em tributos e encargos. Esse valor seria mais do
que suficiente para construir
duas usinas hidrelétricas Belo
Monte por ano.
Em termos percentuais, a
carga tributária sobre o setor
caiu desde 2006, quando alçou
pico de 46,33%. Mas em volume de arrecadação, entretanto,
cresceu 18,4% no mesmo período. Em receita, o conjunto do
setor público (nas esferas federal, estadual e municipal, além
de estatais) obteve arrecadação
adicional de R$ 7 bilhões em
dois anos.
A expectativa é que o ano de
2009 registre aumento substancial da carga tributária sobre o setor elétrico, conforme a
Price e o Instituto Acende Brasil -organização financiada pelas elétricas e que encomendou
o estudo. Poderá até bater todos os recordes de tributação já
aplicada à atividade.
Na opinião de Claudio Salles,
presidente do instituto, mudanças nos encargos do sistema
elétrico -taxas que sustentam
boa parte de programas do governo, como o Luz para Todos,
ou a aquisição de diesel ou óleo
combustível para as térmicas
do sistema isolado- vão resultar em um aumento da carga
tributária sobre o setor para pelo menos 47% em 2009, a
maior da história.
Só a decisão do governo de
autorizar o ONS (Operadora
Nacional do Sistema Elétrico) a
acionar as térmicas, ignorando
o critério de preço (medida
adotada no início de 2008 em
razão do risco elevado de apagão no país ainda em 2009), deve elevar em dois pontos percentuais o peso tributário sobre o setor, para 47%.
TIM-TIM
As vendas de vinhos e espumantes produzidos no país
cresceram no começo deste ano. A comercialização de vinho fino aumentou 17,8% no primeiro trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo
2,32 milhões de litros -o maior volume desde 2007. Os
dados são do Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e referem-se ao Rio Grande do Sul -Estado responsável por
90% da produção nacional. Já as vendas de espumantes
subiram 44,3%, somando 1,41 milhão de litros -volume
recorde para o primeiro trimestre. "Os resultados deste
início de ano são reflexos do bom ano que foi 2009. As
empresas varejistas fecharam o ano sem estoque e agora
estão repondo", diz Júlio Fante, presidente do instituto.
DEBATE
ABNT e Petrobras promovem, no dia 4, o último debate
no Brasil sobre ISO 26000, futura norma internacional de
responsabilidade social. As delegações dos 90 países que discutem a criação da norma se
reunirão em Copenhague para
definir a versão final, a ser lançada em dezembro. Há oito
anos, a norma é discutida por
400 especialistas no mundo.
ARUBA
A ilha caribenha Aruba recebeu mais de 5.000 visitantes brasileiros no primeiro
trimestre deste ano -alta de
178% ante o mesmo período
de 2009. A informação foi
dada na última semana, durante visita do ministro do
Turismo, Transporte e Trabalho de Aruba, Otmar Oduber, ao Brasil. "Até o fim de
2010, esperamos alta superior a 50%", diz Oduber.
DESEMBARQUE
A Apex-Brasil recebe, de
1º a 5 de maio, uma delegação de empresários e membros do governo de Dubai.
Estarão presentes representantes de Banco Emirates,
Zona Franca de Jebel Ali,
Zona Franca do Aeroporto
de Dubai, Emirates Airlines
e outros. O grupo visitará a
Embraer, em São José dos
Campos (SP), e irá a Brasília,
à Argentina e ao Chile.
ROUBADO
O número de ocorrências
de roubo e furto de veículos
no primeiro trimestre registrou aumento de cerca de
10% ante o mesmo período
do ano passado. Foram 860
casos, segundo pesquisa da
empresa de rastreamento
Tracker do Brasil. Eventos
com carros leves puxaram o
aumento. Os casos com veículos pesados, porém, caíram 13%.
RELÓGIO
A diminuição da jornada
de trabalho sem redução salarial elevaria em 10% o custo
de produção nas fábricas de
eletroeletrônicos e não resultaria em contratação de mais
mão de obra, segundo Humberto Barbato, presidente da
Abinee, que reúne o setor.
Ele foi convidado a participar
ontem de reunião com sindicalistas, mas não aceitou. Estaria em outro evento.
JURÍDICO
Nelson Jobim (Defesa)
confirma presença no seminário de inauguração do Cedes (Centro de Estudo de Direito Econômico e Social),
na semana que vem. Gilmar
Mendes (STF) e outros discutirão direito concorrencial. Presidido pelo reitor da
USP, João Grandino Rodas,
o Cedes é um "think tank"
apoiado por empresas como
AmBev e Unilever.
CALDA NO SORVETE
Para expandir os negócios para outros Estados do país, a paulista
Sorvetes Jundiá criou a
rede de franquias Casa
do Sorvete Jundiá. O
objetivo é fechar o ano
com 80 novas lojas. Hoje os produtos da empresa são encontrados
em São Paulo e no Rio
de Janeiro, em mais de
20 mil pontos de venda.
Num primeiro momento, o foco será Minas
Gerais, Mato Grosso do
Sul e Paraná, por serem
Estados vizinhos. "O
sorvete é muito difícil
de transportar. Ele tem
de chegar ao consumidor final com a mesma
temperatura que sai da
fábrica, caso contrário
perde qualidade", afirma Cesar Bergamini,
sócio da Sorvetes Jundiá. Até o final deste
ano, a empresa deve
inaugurar a nova fábrica em Itupeva (SP).
Com as novas instalações, a capacidade de
produção irá triplicar,
segundo Bergamini.
Atualmente, a empresa
produz 1 milhão de litros de sorvete por mês.
Com os novos negócios,
a empresa prevê crescimento de 25% em 2010.
"O mercado de sorvetes
tem muito potencial para crescer no país. O
consumo per capita
anual é de 4,5 litros, enquanto em países como
a Itália o consumo chega a 15 litros", afirma
Bergamini.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e AGNALDO BRITO
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