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ESCÂNDALO FINANCEIRO
Argentina enfrenta suspeita de espionagem econômica
DE BUENOS AIRES
O escândalo começou como uma malsucedida tentativa de espionagem no Ministério da Economia da Argentina. Mas não para de
crescer. E agora arrastou para a esfera judicial a nata dos
economistas portenhos.
Cinco das mais renomadas
consultorias econômicas argentinas -incluindo a Ecolatina- foram submetidas a
buscas da polícia, anteontem, em Buenos Aires.
Os agentes foram atrás de
documentos que comprovem a suspeita de que os dados nos quais os consultores
se baseiam para oferecer ao
mercado suas análises são
produto de espionagem.
A hipótese de que informações de governo, de caráter
sigiloso, estejam sendo negociadas ilicitamente no setor
privado surgiu quando o assessor parlamentar Roberto
Larosa foi detido, no dia 16,
no Ministério da Economia.
As câmeras de segurança
registraram que Larosa
abriu dois gabinetes que estavam trancados -o do secretário de Finanças e o do
subsecretário de Orçamento.
Quando foi detido, ele portava uma maleta com gravatas, lupa e lanterna. Em sua
casa, a polícia apreendeu
computadores e documentos, entre eles recibos de serviços prestados às consultorias alvo das buscas policiais.
O que se pretende esclarecer é se os economistas sabiam ser informação sigilosa,
obtida de forma ilícita.
A Folha tentou ouvir a
Ecolatina e as outras consultorias envolvidas no caso,
mas não obteve resposta até
a conclusão desta edição.
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