|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tarifa de banda larga será de até R$ 35, diz governo
Avaliação de preço está em estudo a ser entregue a Lula
SOFIA FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o Plano Nacional de
Banda Larga, o governo será
agente regulador e atuará preferencialmente no atacado,
afirmou ontem o coordenador
do Programa de Inclusão Digital da Presidência da República, Cezar Alvarez. Dessa forma,
a venda do serviço de internet
em alta velocidade ficará a cargo do setor privado, pois o governo não está interessado em
fazer a "última milha", ou seja,
levar o serviço até a casa dos
consumidores.
No entanto, o decreto em formulação na Presidência não irá
vetar a possibilidade de o governo por si só fornecer o serviço para os consumidores finais.
Alvarez afirmou que em regiões
em que o setor privado não está
interessado em atuar, ou onde
há distorções de mercado e preço, o governo poderá atuar na
última milha. "É uma questão
de política pública", afirmou.
Segundo Alvarez, o governo
avalia que o preço final de internet em alta velocidade a ser
ofertada no país com o plano
será de, no máximo, R$ 35, com
margem para redução. Essa
avaliação está em estudo a ser
entregue para o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que
contempla ainda outros pontos
finais a serem alinhavados, como a composição de empresas
que irão gerir o ativo de fibras e
infraestrutura.
A presença da estatal Telebrás é praticamente certa, mas
ainda se avalia a pertinência de
incluir o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados, ligado ao Ministério da Fazenda) e outra empresa, da área
de telecomunicações, no grupo
gestor. Segundo Alvarez, o projeto do governo está "maduro",
e pode ser aprovado pelo presidente em poucos dias.
Sobre financiamento do Plano Nacional de Banda Larga,
Alvarez afirmou que o BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)
está moldando uma linha de R$
5 bilhões, para até 2014.
O cálculo do volume de crédito foi feito a partir da previsão
de gastos das empresas de telecomunicações com banda larga, mais a estimativa de custos
do plano do governo, entre outros fatores.
Alvarez falou ainda que o plano prevê redução do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e
Fistel (Fundo de Fiscalização
das Telecomunicações). "Mas
as desonerações não serão universais, mas vinculadas a determinados serviços", adiantou. O
assessor especial esteve ontem
em audiência pública na Câmara dos Deputados.
Texto Anterior: Indústria: Atividade da indústria de SP sobe e bate recorde no 1º tri Próximo Texto: Aviação: TAM vai testar bioquerosene Índice
|