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Bovespa recua 3% e volta ao nível de fevereiro
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O mal-estar com a Grécia voltou a abater o mercado internacional. Em
dia de perdas nos centros
financeiros mais relevantes do mundo, a BM&FBovespa amargou queda de
3,43%. O Ibovespa desceu
a 66.511 pontos, menor patamar desde fevereiro.
Além do mercado acionário, o segmento cambial
reagiu fortemente ao dia
negativo. O dólar encerrou
com apreciação de 1,15%,
vendido a R$ 1,765.
O rebaixamento das notas de risco de Grécia e
Portugal pela agência
Standard & Poor's surpreendeu o mercado e detonou uma nova onda de
vendas de ações. Os investidores voltaram a se preocupar com a saúde fiscal
de outros países europeus,
como Espanha e Irlanda, e
passaram a especular sobre quem serão os próximos a serem rebaixados.
A Bolsa de Atenas recuou 6%. Em Portugal, a
queda ficou em 4,69%.
Londres perdeu 2,61%.
No mercado norte-americano, mesmo com o aumento da confiança do
consumidor em abril, o
Dow Jones recuou 1,90%.
"O noticiário externo
tem sido preocupante.
Praticamente todos os setores sofreram depreciação na Bolsa hoje [ontem]", diz Paulo Esteves,
chefe da área de análise da
Gradual Investimentos.
"Mas não podemos ignorar que temos um quadro doméstico positivo. A
safra de balanços trimestrais que começa agora deve trazer números animadores, o que pode ajudar a
dar sustentação à Bolsa."
Todas as 63 ações do índice Ibovespa, o mais importante do mercado local, terminaram o pregão
no vermelho. Nem mesmo
os papéis de Banco do Brasil e Bradesco, que ontem
anunciaram nova parceria
no setor de cartões, escaparam. A ação ON do BB
teve baixa de 3,25%. O papel PN do Bradesco, que
apresenta seu balanço trimestral hoje, caiu 1,60%.
Os papéis de setores que
seguem as commodities
estiveram entre as baixas
mais fortes do dia. A ação
MMX Mineração ON perdeu 5,65%, e Gerdau PN
teve queda de 5,27%.
Para Vale PNA, a ação
mais negociada ontem, a
depreciação foi de 4,63%.
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