São Paulo, quarta-feira, 28 de abril de 2010

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Bovespa recua 3% e volta ao nível de fevereiro

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

O mal-estar com a Grécia voltou a abater o mercado internacional. Em dia de perdas nos centros financeiros mais relevantes do mundo, a BM&FBovespa amargou queda de 3,43%. O Ibovespa desceu a 66.511 pontos, menor patamar desde fevereiro.
Além do mercado acionário, o segmento cambial reagiu fortemente ao dia negativo. O dólar encerrou com apreciação de 1,15%, vendido a R$ 1,765.
O rebaixamento das notas de risco de Grécia e Portugal pela agência Standard & Poor's surpreendeu o mercado e detonou uma nova onda de vendas de ações. Os investidores voltaram a se preocupar com a saúde fiscal de outros países europeus, como Espanha e Irlanda, e passaram a especular sobre quem serão os próximos a serem rebaixados.
A Bolsa de Atenas recuou 6%. Em Portugal, a queda ficou em 4,69%. Londres perdeu 2,61%.
No mercado norte-americano, mesmo com o aumento da confiança do consumidor em abril, o Dow Jones recuou 1,90%.
"O noticiário externo tem sido preocupante. Praticamente todos os setores sofreram depreciação na Bolsa hoje [ontem]", diz Paulo Esteves, chefe da área de análise da Gradual Investimentos.
"Mas não podemos ignorar que temos um quadro doméstico positivo. A safra de balanços trimestrais que começa agora deve trazer números animadores, o que pode ajudar a dar sustentação à Bolsa."
Todas as 63 ações do índice Ibovespa, o mais importante do mercado local, terminaram o pregão no vermelho. Nem mesmo os papéis de Banco do Brasil e Bradesco, que ontem anunciaram nova parceria no setor de cartões, escaparam. A ação ON do BB teve baixa de 3,25%. O papel PN do Bradesco, que apresenta seu balanço trimestral hoje, caiu 1,60%.
Os papéis de setores que seguem as commodities estiveram entre as baixas mais fortes do dia. A ação MMX Mineração ON perdeu 5,65%, e Gerdau PN teve queda de 5,27%.
Para Vale PNA, a ação mais negociada ontem, a depreciação foi de 4,63%.


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