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Peronistas vão apoiar Duhalde no FMI
DE BUENOS AIRES
A reunião realizada ontem em La Pampa mostrou que os governadores peronistas vão apoiar o presidente Eduardo Duhalde na busca de um acordo com o FMI
(Fundo Monetário Internacional), mas também deixou claro
que Duhalde já não conta com o apoio da mesma aliança ampla
que ajudou a elegê-lo indiretamente há quase cinco meses.
Dentro do Partido Justicialista (peronista, do presidente), a
maior voz de oposição voltou a ser a do governador de Santa
Cruz, Néstor Kirchner. Contrariado com a decisão do partido de
engavetar o projeto de antecipação das eleições, ele abandonou a
reunião mais cedo sem dar explicações aos outros governadores.
"Não podemos esperar mais caos para mudar (o presidente)",
disse Kirchner ao deixar a sede do governo de La Pampa.
Outro antigo pilar da base de apoio de Duhalde -a UCR, segundo maior partido do país- já havia dado sinais de que abandonaria o governo na semana passada, quando decidiu votar contra o projeto dos peronistas para a modificação a lei de Subversão Econômica na Câmara. Ontem, Duhalde foi ainda mais claro sobre o
racha ao chamar de "covardia" o ato da UCR. Ele lembrou que o
partido havia concordado em apoiar o governo, mas, na hora de
pagar o custo político para assinar o acordo com o FMI, a UCR simplesmente o abandonou . (JS)
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