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Mercado aberto
Mantega mantém estudos para adotar pacote cambial
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, não desistiu de
adotar o pacote cambial que deve ajudar a frear o processo de
valorização do câmbio. Os estudos técnicos da equipe da Fazenda estão bem evoluídos e
contam com o apoio do BC.
O objetivo é cortar custos das
empresas, principalmente as
exportadoras, embora o pacote
também ajude a atenuar a valorização do câmbio.
A principal medida que consta do pacote é o de permitir ao
exportador a utilização dos dólares para saldar compromissos ou realizar importações
sem antes ter de internar os recursos no Brasil.
A adoção dessa medida pode
representar uma economia de
4% nos custos nessas operações de importações. Hoje, as
empresas são obrigadas a converter em reais os dólares obtidos com a exportação e, depois,
converter novamente os reais
em dólares para realizar uma
importação. Toda essa conversão é que encarece em 4% as
operações das empresas.
O governo quer melhorar a
rentabilidade do exportador.
Um primeiro passo nesse sentido já foi dado na semana passada. O Conselho Monetário Nacional autorizou os bancos a
aplicar suas disponibilidades,
incluindo as dos exportadores,
em títulos públicos brasileiros
em moeda estrangeira.
O economista Carlos Langoni, diretor do Centro de Economia Mundial da FGV-RJ, acha
que as medidas estão na direção correta. Segundo ele, o Brasil tem que caminhar cada vez
mais no sentido de liberalizar
ou eliminar as restrições na
conta de capitais.
Langoni promove amanhã
seminário, no Rio, sobre a internacionalização das empresas, com a presença de Henrique Meirelles (Banco Central),
José Sérgio Gabrielli (Petrobras), Demian Fiocca (BNDES)
e Roger Agnelli (Vale do Rio
Doce), entre outros.
De acordo com Langoni, as
empresas brasileiras fecham
este ano com um total de US$
75 bilhões investidos fora do
país, um valor US$ 15 bilhões
maior do que em 2001.
Segundo ele, esses números
mostram que cada vez é maior
o número de multinacionais
brasileiras. Até há bem pouco
tempo, só as empreiteiras investiam lá fora. Hoje, o leque é
bem mais variado. "Esse é mais
um fator para o país caminhar
na direção da liberalização da
conta de capitais", diz Langoni.
ÀS COMPRAS
A TAM decidirá até 30 de
junho a compra de 11 aeronaves para substituir os
Fokker-100 de sua frota. Os
fornecedores que disputam
a venda são a Airbus e a Embraer, segundo o presidente
da aérea, Marco Antônio Bologna, em entrevista ao jornalista João Dória Jr., que
vai ao ar hoje na TV, às 23h.
AMÉRICA
Cerca de 260 funcionários
brasileiros do Wal-Mart
participam a partir de hoje
da assembléia anual da rede
varejista, no Arkansas, EUA.
RIO NO JARDINS
Foram quase seis meses de obra, sem contar outros tantos para encontrar o "ponto
ideal". Mas, com um espaço de 300 m2, a cervejaria carioca Devassa abre no próximo dia 6 sua primeira filial em SP, nos Jardins. A nova
casa se assemelha à sua fábrica, em detrimento do visual "botequim" das unidades no Rio.
Outra novidade, guardada para a inauguração,
será o lançamento de um quarto tipo de cerveja, com teor alcoólico maior -será uma India
Pale Ale, diz Cello Macedo, um dos sócios. Haverá ainda a ampliação de um para cem pontos-de-venda da long neck da marca na cidade,
entre restaurantes, bares e supermercados.
VOLTA NA VIDA
Ex-jogador de futebol campeão do mundo, o hoje empresário Paulo César Caju lançou sua autobiografia -"Dei a Volta
na Vida" (Editora Girafa)- na semana que passou na Livraria da Vila da Casa do Saber, em São Paulo. No livro, Caju
conta sua trajetória de altos -como jogador de grandes clubes nacionais e como um dos primeiros brasileiros a jogar
na Europa, no Olympique de Marseille- e baixos -o envolvimento com drogas e álcool. Integrante da seleção campeã
da Copa do México, em 1970, Caju hoje divide seu tempo entre a empresa ligada a esportes e as apresentações sobre sua
história de superação. "Não preparo nada, minha palestra é
só improviso", diz. Aos 57 anos, planeja sua festa de despedida do futebol, com craques da sua época, em Marselha, em
uma arena na praia para 10 mil pessoas, em 18 de junho.
ALTA CONTÍNUA
O setor de vendas diretas
no país manteve a trajetória
de alta dos últimos anos e
encerrou o primeiro trimestre com alta de 16% nas receitas ante o mesmo período
de 2005 (gráfico à esq.), segundo a ABEVD (entidade
do ramo). Ainda houve crescimento de 7,5% no volume
de itens comercializados no
período. O faturamento do
comércio varejista no país,
por exemplo, subiu 7,78% no
período, segundo o IBGE.
VÍTIMA
Em relatório a clientes na
sexta, a corretora Link, que
tem como sócios os filhos de
Luiz Carlos Mendonça de
Barros, emitiu um comentário intitulado "Daniel Dantas é vítima, e não bandido".
De autoria do economista
Marcos Elias, o comentário
conclui da seguinte forma:
"Ou seja, descobri que DD
pagou e vem pagando caro
pela sua sofisticação e empreendedorismo, e que eu,
como um títere, apontei por
quantas vezes o dedo em seu
nariz, acusando-o de Cragnotti [...] Peço -em carta pública- sinceras desculpas".
CELEBRAÇÃO
Maurício Botelho (Embraer), Rogério Oliveira
(IBM) e Marcos Antônio
Magalhães (Philips), entre
outros, participam amanhã
da comemoração de 30 anos
da Accor no Brasil, na Sala
São Paulo. O evento contará
com o CEO mundial do grupo francês, Gilles Pélisson.
TEATRO
O Santander Banespa
acertou parceria para apoiar
a volta do diretor Cacá Rosset ao grupo Ornitorrinco. O
banco investirá R$ 1,2 milhão em teatro neste ano.
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