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Usinas paulistas são processadas por irregularidade no trato de bóias-frias
DA FOLHA RIBEIRÃO
Na semana passada, a Procuradoria do Trabalho decidiu
ajuizar ações civis públicas
contra nove usinas paulistas,
após flagrar diversas irregularidades nas condições de trabalho dos bóias-frias nos canaviais da região de Ribeirão Preto e Piracicaba.
Os fiscais acharam trabalhadores se alimentando sem proteção contra o sol, trabalhando
sem folgas e com equipamento
de proteção desgastado e inadequado, além de barracas sanitárias precárias.
As blitze inéditas nos canaviais são conseqüência das denúncias feitas no ano passado
pela Pastoral do Migrante de
Guariba, relacionando a morte
de 13 trabalhadores em dois
anos em canaviais do Estado a
um suposto excesso de esforço
no corte da cana, já que o bóia-fria recebe por produção.
Desde então, a denúncia é
apurada por diversos órgãos,
entre eles a ONG Relatoria Nacional para o Direito Humano
ao Trabalho da Plataforma
Dhesc Brasil, ligada à ONU (Organização das Nações Unidas),
o Ministério Público Federal e
a Unica. Donos de usinas negaram a relação entre as mortes e
o excesso de esforço.
A Dhesc chegou a propor que
os ministérios da Saúde e do
Trabalho criem uma comissão
para elaborar e enviar ao Congresso uma lei que enquadre as
mortes súbitas no campo.
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