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Total de bancos com problema cresce nos EUA
Número de instituições que correm risco de quebrar avançou 21% no 1º tri ante os últimos três meses de 2008
DA REDAÇÃO
Com o pior já tendo aparentemente passado para os grandes bancos norte-americanos,
o problema agora parece estar
crescendo entre as instituições
financeiras médias e pequenas
da principal economia global.
No primeiro trimestre deste
ano, 305 bancos apareciam na
lista de instituições com "problemas" -ou seja, que correm o
risco de quebrar-, o maior número desde 1994, segundo levantamento da FDIC (agência
federal que supervisiona o sistema bancário americano).
Nos últimos três meses de
2008, 252 instituições apareciam nessa lista. Em média,
cerca de 13% dos bancos que estão na lista acabam quebrando.
A agência não divulga os nomes das instituições, mas diz
que elas têm ativos que somam
US$ 220 bilhões, o que confirma que não há nenhum grande
banco envolvido -o Bank of
America e o JPMorgan Chase,
os dois maiores bancos americanos, têm juntos quase US$ 4
trilhões, um pouco mais que o
PIB da Alemanha, a quarta
maior economia do mundo.
"Os resultados do primeiro
trimestre estão nos dizendo
que a indústria bancária ainda
enfrenta tremendos desafios e,
olhando para a frente, a qualidade dos ativos permanece como uma grande preocupação",
afirmou Sheila Bair, a presidente da FDIC.
Entre janeiro e março, 21 instituições pequenas e médias
quebraram (o pior resultado
trimestral em 17 anos), e mais
15 tiveram o mesmo destino no
segundo trimestre, entre elas o
BankUnited, o maior banco independente da Flórida.
Um sinal positivo que apareceu no levantamento é que o
setor voltou a lucrar nos três
primeiros meses deste ano. A
indústria ganhou US$ 7,6 bilhões de janeiro a março, após
perder US$ 36,9 bilhões nos últimos três meses de 2008.
O resultado, no entanto, ficou bastante distante do registrado no primeiro trimestre do
ano passado, quando os bancos,
apesar de já começarem a sentir os primeiros efeitos da crise,
tiveram um lucro conjunto de
US$ 19,3 bilhões.
"Empréstimos problemáticos continuam a se acumular, e
os custos associados com ativos
debilitados estão pesando fortemente no desempenho da indústria", disse Bair.
Com o "New York Times" e agências internacionais
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