São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009

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Total de bancos com problema cresce nos EUA

Número de instituições que correm risco de quebrar avançou 21% no 1º tri ante os últimos três meses de 2008

DA REDAÇÃO

Com o pior já tendo aparentemente passado para os grandes bancos norte-americanos, o problema agora parece estar crescendo entre as instituições financeiras médias e pequenas da principal economia global.
No primeiro trimestre deste ano, 305 bancos apareciam na lista de instituições com "problemas" -ou seja, que correm o risco de quebrar-, o maior número desde 1994, segundo levantamento da FDIC (agência federal que supervisiona o sistema bancário americano).
Nos últimos três meses de 2008, 252 instituições apareciam nessa lista. Em média, cerca de 13% dos bancos que estão na lista acabam quebrando.
A agência não divulga os nomes das instituições, mas diz que elas têm ativos que somam US$ 220 bilhões, o que confirma que não há nenhum grande banco envolvido -o Bank of America e o JPMorgan Chase, os dois maiores bancos americanos, têm juntos quase US$ 4 trilhões, um pouco mais que o PIB da Alemanha, a quarta maior economia do mundo.
"Os resultados do primeiro trimestre estão nos dizendo que a indústria bancária ainda enfrenta tremendos desafios e, olhando para a frente, a qualidade dos ativos permanece como uma grande preocupação", afirmou Sheila Bair, a presidente da FDIC.
Entre janeiro e março, 21 instituições pequenas e médias quebraram (o pior resultado trimestral em 17 anos), e mais 15 tiveram o mesmo destino no segundo trimestre, entre elas o BankUnited, o maior banco independente da Flórida.
Um sinal positivo que apareceu no levantamento é que o setor voltou a lucrar nos três primeiros meses deste ano. A indústria ganhou US$ 7,6 bilhões de janeiro a março, após perder US$ 36,9 bilhões nos últimos três meses de 2008.
O resultado, no entanto, ficou bastante distante do registrado no primeiro trimestre do ano passado, quando os bancos, apesar de já começarem a sentir os primeiros efeitos da crise, tiveram um lucro conjunto de US$ 19,3 bilhões.
"Empréstimos problemáticos continuam a se acumular, e os custos associados com ativos debilitados estão pesando fortemente no desempenho da indústria", disse Bair.


Com o "New York Times" e agências internacionais


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