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TRABALHO
Taxa de maio para a região metropolitana de SP é a maior já medida pelo instituto; no país, índice foi de 7,7%
Desemprego de SP bate recorde, diz IBGE
RICARDO REGO MONTEIRO
DA SUCURSAL DO RIO
O desemprego na região metropolitana de São Paulo apresentou
a maior taxa desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) começou a medir o indicador no país, em maio de
1982. Em maio deste ano, 9,2% da população economicamente ativa
estava desempregada na região
metropolitana de São Paulo.
A economista responsável pelo
Departamento de Emprego e
Rendimento do IBGE, Shyrlene
Ramos de Souza, afirmou que o
resultado foi decisivo para a taxa
de 7,7% de desemprego apontada
em maio nas seis regiões metropolitanas englobadas pela Pesquisa Mensal de Emprego do instituto -São Paulo, Rio de Janeiro,
Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.
São Paulo responde por 53% do
total de trabalhadores desempregados das seis regiões pesquisadas. Por isso, a influência do resultado do Estado para o indicador nacional, segundo Shyrlene.
Em relação a abril deste ano,
quando a taxa das seis regiões foi
de 7,6%, o resultado nacional praticamente manteve-se estável. Em
maio do ano passado, o desemprego estava em 6,9% .
A taxa de desemprego é medida
a partir do contingente da população economicamente ativa do
país. Ela leva em conta, além da
taxa de ocupação, o total de pessoas à procura de trabalho, medido pela taxa de desocupação.
No resultado nacional, a taxa
que mede o total de pessoas ocupadas teve ligeira variação positiva, de 1,9%, em maio deste ano
em comparação com maio de
2001. O problema, segundo
Shyrlene, é que a taxa de desocupação aumentou mais no mesmo
período, quando apresentou variação de 16,7%.
A economista do IBGE afirmou
que, na prática, isso quer dizer
que o número de vagas criadas no
mercado de trabalho tem sido insuficiente para compensar o contingente de desempregados.
Isso se repete no desemprego da
região metropolitana de São Paulo, onde o total de pessoal ocupado ficou praticamente no mesmo
patamar de maio de 2001, o que resultou em ligeira variação de
0,3% em maio deste ano. Ao mesmo tempo, a taxa de pessoal desocupado aumentou 33,3% no período.
Em termos de ocupação, os serviços se constituíram no único
segmento produtivo de São Paulo a apresentar variação positiva, de
2,9%, também na comparação com maio do ano passado.
Os grandes responsáveis pela fraca taxa de ocupação foram os setores de construção civil e a indústria, que reduziram, respectivamente, em 11,8% e 4,2% o número total de empregados.
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