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Entenda a diferença entre as pesquisas
DA REPORTAGEM LOCAL
Por que a taxa de desemprego medida pelo IBGE subiu de 8,9% em abril para 9,2% em maio em São Paulo, e a do Dieese/Seade caiu de 20,4% para 19,7% no mesmo período?
As disparidades entre as duas taxas resultam de diferenças na
abrangência geográfica e na metodologia utilizadas pelos institutos de pesquisa.
A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, que apura a taxa de desempregados em seis regiões metropolitanas do país, mede apenas o desemprego aberto (pessoa que
trabalhava, foi demitida ou pediu demissão, procura novo emprego
e não acha).
O IBGE não considera desempregada a pessoa que exerceu algum bico na semana anterior à pesquisa nem a que deixou de procurar emprego nesse período.
O IBGE inclui na PEA (População Economicamente Ativa) pessoas com 15 anos ou mais. Por isso, as taxas do IBGE são sistematicamente menores do que as do
Dieese/Seade nas regiões metropolitanas. Essa é a taxa considerada "oficial" pelo governo.
Para classificar uma pessoa como desempregada, o IBGE pergunta se ela procurou emprego nos últimos sete dias.
O Dieese/Seade inclui na PEA as pessoas com dez anos ou mais,
desde que trabalharam ou procuraram emprego. Pergunta se a
pessoa procurou emprego nos últimos 30 dias.
O levantamento do Dieese/Seade mede também o "desemprego
oculto por desalento" (quando a pessoa procurou emprego nos últimos 12 meses, mas "desanimou" nos últimos 30 dias) e o "desemprego oculto por trabalho precário" (quando a pessoa exerceu apenas um trabalho eventual,
o chamado "bico", nos últimos 30 dias).
Assim, é mais provável classificar um entrevistado como desocupado se se levar em conta sua procura por emprego durante um mês do que durante a última semana, quando ele pode ter parado de procurar por vários motivos. Esse é outro motivo que faz com que as taxas de desemprego do Dieese/Seade sejam sempre
maiores do que as do IBGE.
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