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Médicos exigem nova tabela de preços
DA REPORTAGEM LOCAL
As seguradoras especializadas
em saúde são o principal alvo de
um movimento das entidades
médicas que já atinge quinze Estados. Os profissionais recusam-se a atender pela tabela oferecida
pelas empresas e pedem ao paciente os valores que consideram
justos. Na Bahia, os médicos já
conseguiram uma liminar que
obriga as operadoras a criar centrais de ressarcimento para os
consumidores.
Os médicos querem que as operadoras e seguradoras atendam à
Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, lançada no fim do ano passado pelo CFM (Conselho Federal
de Medicina) e pela AMB .
Enquanto a classificação diz,
por exemplo, que o valor-referência de uma consulta deve ser de
R$ 42, os médicos recebem hoje,
em média, R$ 20.
Segundo Eleuses Paiva, presidente da AMB, as seguradoras são
o alvo porque resistem a negociar.
Além disso, de acordo com ele, o
setor é o que tem a "mensalidade
mais alta e que menos se preocupa com a qualidade".
Otelo Corrêa dos Santos Filho,
diretor-adjunto de saúde da Fenaseg, entidade que reúne as seguradoras, diz que as empresas não se
recusam a negociar. Segundo o
dirigente, são elas que garantem a
melhor remuneração.
O Idec (Instituto de Defesa do
Consumidor) recomenda que os
consumidores chequem antes da
consulta se o profissional atende
pelo valor do seguro. O atendimento de urgências e emergências tem de ser garantido.
(FL)
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