São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2004

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Médicos exigem nova tabela de preços

DA REPORTAGEM LOCAL

As seguradoras especializadas em saúde são o principal alvo de um movimento das entidades médicas que já atinge quinze Estados. Os profissionais recusam-se a atender pela tabela oferecida pelas empresas e pedem ao paciente os valores que consideram justos. Na Bahia, os médicos já conseguiram uma liminar que obriga as operadoras a criar centrais de ressarcimento para os consumidores.
Os médicos querem que as operadoras e seguradoras atendam à Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, lançada no fim do ano passado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) e pela AMB .
Enquanto a classificação diz, por exemplo, que o valor-referência de uma consulta deve ser de R$ 42, os médicos recebem hoje, em média, R$ 20.
Segundo Eleuses Paiva, presidente da AMB, as seguradoras são o alvo porque resistem a negociar. Além disso, de acordo com ele, o setor é o que tem a "mensalidade mais alta e que menos se preocupa com a qualidade".
Otelo Corrêa dos Santos Filho, diretor-adjunto de saúde da Fenaseg, entidade que reúne as seguradoras, diz que as empresas não se recusam a negociar. Segundo o dirigente, são elas que garantem a melhor remuneração.
O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) recomenda que os consumidores chequem antes da consulta se o profissional atende pelo valor do seguro. O atendimento de urgências e emergências tem de ser garantido. (FL)


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