São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 2005

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Analistas reduzem projeção para a inflação, mas também para o PIB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pela sexta semana seguida, analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para a inflação do ano. Segundo a pesquisa, a projeção média para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) caiu de 6,16% para 6,05%.
Ao mesmo tempo, também recuaram as expectativas para o crescimento da economia. Neste ano, de acordo com os analistas, o país deve crescer 3%, contra 3,1% projetados na semana passada. Em 2004, a expansão foi de 4,9%, segundo o IBGE.
A queda observada nas duas projeções parecem refletir os seguidos aumentos nos juros ocorridos desde o ano passado. Entre setembro de 2004 e abril de 2005, a taxa Selic passou de 16% ao ano para 19,75%, nível mantido até hoje. O objetivo do BC era, justamente, fazer com que a economia crescesse menos para que, assim, a inflação ficasse dentro das metas do governo -5,1% para este ano e 4,5% em 2006.
Na semana passada, o BC informou que os juros devem ficar no atual patamar por um "período suficientemente longo", para tentar garantir a estabilidade dos preços. De acordo com os analistas consultados, a taxa Selic deve encerrar 2005 em 18% ao ano.
A redução nas previsões para o crescimento também se explicam pelos dados do comportamento da economia no começo deste ano. De acordo com o IBGE, o PIB teve uma expansão de apenas 0,3% no primeiro trimestre na comparação com o último trimestre do ano passado. O resultado ficou abaixo do esperado, e muitos analistas revisaram as suas projeções.


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