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Analistas reduzem projeção para a inflação, mas também para o PIB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Pela sexta semana seguida, analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para a inflação do ano. Segundo a pesquisa, a projeção média para o IPCA
(Índice de Preços ao Consumidor
Amplo) caiu de 6,16% para 6,05%.
Ao mesmo tempo, também recuaram as expectativas para o
crescimento da economia. Neste
ano, de acordo com os analistas, o
país deve crescer 3%, contra 3,1%
projetados na semana passada.
Em 2004, a expansão foi de 4,9%,
segundo o IBGE.
A queda observada nas duas
projeções parecem refletir os seguidos aumentos nos juros ocorridos desde o ano passado. Entre
setembro de 2004 e abril de 2005,
a taxa Selic passou de 16% ao ano
para 19,75%, nível mantido até
hoje. O objetivo do BC era, justamente, fazer com que a economia
crescesse menos para que, assim,
a inflação ficasse dentro das metas
do governo -5,1% para este ano
e 4,5% em 2006.
Na semana passada, o BC informou que os juros devem ficar no
atual patamar por um "período
suficientemente longo", para tentar garantir a estabilidade dos preços. De acordo com os analistas
consultados, a taxa Selic deve encerrar 2005 em 18% ao ano.
A redução nas previsões para o
crescimento também se explicam
pelos dados do comportamento
da economia no começo deste
ano. De acordo com o IBGE, o PIB
teve uma expansão de apenas
0,3% no primeiro trimestre na
comparação com o último trimestre do ano passado. O resultado ficou abaixo do esperado, e
muitos analistas revisaram as
suas projeções.
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