DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A balança comercial teve superávit de US$ 1,075 bilhão na semana passada, valor recorde para saldos semanais, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Entre os dias 20 e 26 deste mês, o país exportou US$ 2,411 bilhões e importou US$ 1,336 bilhão.
O recorde, porém, foi motivado pela queda de 9% na média de importações da semana passada em relação à semana anterior, enquanto as exportações aumentaram 2,9% no mesmo período.
Com esse resultado, o saldo acumulado do mês, até o dia 26, está em US$ 3,349 bilhões, resultado de exportações de US$ 8,502 bilhões e importações de US$ 5,153 bilhões. No ano, o superávit acumulado até a semana passada está em US$ 18,995 bilhões.
O destaque das exportações no mês vêm sendo os semimanufaturados, com aumento de 16,5% principalmente devido a ferro fundido e catodos de níquel. As vendas de manufaturados cresceram 14,5% até a quarta semana do mês, puxadas por álcool etílico, óleos combustíveis e aparelhos transmissores e receptores.
As vendas externas cresceram 6,3% em relação a junho de 2004, mas só 1% em relação a maio, o que pode indicar o início de uma retração das vendas por causa da desvalorização do dólar, que ontem fechou cotado em R$ 2,375.
Para Synésio Batista da Costa, presidente da Associação dos Fabricantes de Brinquedos, o dólar cotado abaixo de R$ 2,40 já representa prejuízo para os exportadores. "O dólar desvalorizado é ruim principalmente para os pequenos exportadores, que não podem dar descontos no preço em dólar e têm dificuldade de competir com os produtos chineses."
Para a Associação Brasileira de Comércio Exterior, a cotação do dólar ideal depende de cada setor, mas quando a moeda americana fica abaixo de R$ 2,40, as pequenas empresas começam a parar de exportar e muitos importadores não renovam contratos.


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