São Paulo, terça-feira, 28 de junho de 2005

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LANÇAMENTO

AmBev mostra hoje plano de mídia e de produção da marca no Brasil

Cerveja Stella Artois chega ao país

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Após curto período de mistérios, a AmBev anuncia hoje a entrada da marca de cervejas Stella Artois no Brasil, como a Folha antecipou em fevereiro deste ano. O mercado aguardava o lançamento para o segundo semestre do ano. A bebida faz parte do portfólio de produtos "super premium" da Interbrew, grupo belga que se uniu à AmBev em 2004, e deve atingir um nicho pequeno de mercado.
O produto vai ficar um degrau acima da Bohemia, evitando dessa forma uma canibalização de marcas. A cerveja, que chega ao Brasil em contraponto à entrada da Brahma no mercado externo, terá como agência de publicidade a Borghierh. Fallon, DM9 e Lowe entraram na disputa pela conta e não levaram.
Deve ser anunciado hoje que o produto será fabricado no Brasil, uma das dúvidas iniciais do projeto de lançamento. O líquido pode sofrer mudanças no sabor quando fabricado fora de sua base fabril. A Sol, por exemplo, comercializada no Brasil pela Kaiser, teria sofrido rejeição inicial por conta de alterações no sabor da bebida -fabricada em Araraquara (SP) para a venda no mercado nacional. No ano de 2003, Stella e Beck's, ambas marcas top da Interbrew, cresceram juntas em vendas 7,3%, informa o último relatório anual do grupo.

Schin
Os diretores do grupo Schincariol voltaram ontem ao trabalho após dez dias de prisão temporária. Entre hoje e amanhã, os advogados da empresa se reúnem com a direção para discutir caminhos jurídicos para a defesa da empresa, apurou a Folha.
Até, no máximo, a semana que vem eles devem ser denunciados por crime de formação de quadrilha e corrupção ativa, segundo o Ministério Público Federal. Sessenta e oito pessoas foram presas, incluindo o comando da Schin, numa operação montada na quarta-feira passada para apurar denúncias de sonegação fiscal.
Na mídia, a Schin continua com a campanha do "Enrolation" e poderá tirar da geladeira os seus planos de ação para as campanhas de verão. Até o momento, a FischerAmerica, a agência de publicidade da empresa, mantinha a questão em banho-maria porque dependia da participação de Adriano Schincariol no processo, apurou a Folha.
Há poucas chances de que a direção da empresa -leia-se Adriano Schincariol- venha a público dar a sua versão sobre o caso, como forma de rebater as acusações. A tática adotada deve ser a do silêncio para não comprometer a sua situação jurídica. A companhia tem se manifestado por meio de comunicados apenas.


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