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MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA caiu 1% em quatro dias; ontem, a cotação ficou em R$ 1,78, queda de 0,45%
Dólar continua indo ladeira abaixo
DA REPORTAGEM LOCAL
O dólar comercial fechou em
R$ 1,78 ontem, queda de 0,45%.
Graças ao fluxo positivo de capital externo, a moeda acumulou
desvalorização de 1% nos últimos
quatro dias.
Estima-se que, neste mês, empresas brasileiras captaram cerca
de US$ 2 bilhões no exterior.
Uma das operações mais recentes
foi a da CSN, que ontem concluiu
a captação de US$ 250 milhões
em eurobônus, lançados nos Estados Unidos e na Europa.
Por outro lado, neste mês devem vencer entre US$ 2 bilhões e
US$ 2,5 bilhões de dívidas contraídas no exterior pelo setor público e pela iniciativa privada.
Isso não quer dizer, porém, que
todo esse dinheiro sairá do país.
Parte desses vencimentos pode
ser rolado, ou seja, em vez de efetivamente pagar os débitos, governo e empresas podem simplesmente renová-los.
Além disso, os bancos estão
com uma grande quantidade de
dólares em suas carteiras. Como
o fluxo positivo está derrubando
a cotação da moeda, as instituições perdem dinheiro. "Os bancos estão perdendo, no mínimo,
a remuneração do CDI", explica
Carlos Alberto Abdalla, da corretora Souza Barros.
Como não compensa manter as
posições compradas, as instituições preferem vender seus dólares, e isso acaba colaborando para a desvalorização da moeda.
A principal preocupação trazida pela valorização do real em relação ao dólar é o possível prejuízo trazido aos exportadores do
país. Na opinião de Eduardo
Freitas, economista-sênior do
Unibanco, esse risco ainda não
existe. "Essas oscilações do câmbio (ocorridas nos últimos dias)
são muito pequenas", afirma.
Na Bovespa, o dia foi de poucas
novidades. Os investidores acabaram influenciados pela queda
de 3,65% registrada pela Nasdaq,
a Bolsa eletrônica dos Estados
Unidos. O Ibovespa fechou com
baixa de 1%.
O volume negociado foi baixo,
ficando em R$ 605,519 milhões.
Um dos destaques do pregão foi
o Banespa. As ações preferenciais
do banco paulista subiram 4,37%
com a expectativa de que a AGU
(Advocacia Geral da União) consiga derrubar as liminares que
impedem a privatização da empresa.
(NEY HAYASHI DA CRUZ)
Com o FolhaNews
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