São Paulo, sexta-feira, 28 de julho de 2000


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MERCADO FINANCEIRO
Moeda dos EUA caiu 1% em quatro dias; ontem, a cotação ficou em R$ 1,78, queda de 0,45%
Dólar continua indo ladeira abaixo

DA REPORTAGEM LOCAL

O dólar comercial fechou em R$ 1,78 ontem, queda de 0,45%. Graças ao fluxo positivo de capital externo, a moeda acumulou desvalorização de 1% nos últimos quatro dias.
Estima-se que, neste mês, empresas brasileiras captaram cerca de US$ 2 bilhões no exterior. Uma das operações mais recentes foi a da CSN, que ontem concluiu a captação de US$ 250 milhões em eurobônus, lançados nos Estados Unidos e na Europa.
Por outro lado, neste mês devem vencer entre US$ 2 bilhões e US$ 2,5 bilhões de dívidas contraídas no exterior pelo setor público e pela iniciativa privada.
Isso não quer dizer, porém, que todo esse dinheiro sairá do país. Parte desses vencimentos pode ser rolado, ou seja, em vez de efetivamente pagar os débitos, governo e empresas podem simplesmente renová-los.
Além disso, os bancos estão com uma grande quantidade de dólares em suas carteiras. Como o fluxo positivo está derrubando a cotação da moeda, as instituições perdem dinheiro. "Os bancos estão perdendo, no mínimo, a remuneração do CDI", explica Carlos Alberto Abdalla, da corretora Souza Barros.
Como não compensa manter as posições compradas, as instituições preferem vender seus dólares, e isso acaba colaborando para a desvalorização da moeda.
A principal preocupação trazida pela valorização do real em relação ao dólar é o possível prejuízo trazido aos exportadores do país. Na opinião de Eduardo Freitas, economista-sênior do Unibanco, esse risco ainda não existe. "Essas oscilações do câmbio (ocorridas nos últimos dias) são muito pequenas", afirma.
Na Bovespa, o dia foi de poucas novidades. Os investidores acabaram influenciados pela queda de 3,65% registrada pela Nasdaq, a Bolsa eletrônica dos Estados Unidos. O Ibovespa fechou com baixa de 1%.
O volume negociado foi baixo, ficando em R$ 605,519 milhões. Um dos destaques do pregão foi o Banespa. As ações preferenciais do banco paulista subiram 4,37% com a expectativa de que a AGU (Advocacia Geral da União) consiga derrubar as liminares que impedem a privatização da empresa. (NEY HAYASHI DA CRUZ)


Com o FolhaNews

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