São Paulo, segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Investidores aguardam Copom e PIB do 2º trimestre

Ata do Fed e fala de Bernanke também serão destaque

DA REPORTAGEM LOCAL

A semana terá importantes eventos para o mercado doméstico, sendo os principais a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) e a divulgação do PIB (Produto Interno Bruto) do segundo trimestre.
Entre amanhã e quarta, o Copom definirá em quanto fica a nova taxa básica de juros da economia, a Selic, que está em 14,75% anuais.
Os investidores e analistas se dividem entre a possibilidade de a Selic ser reduzida em 0,25 ponto -opção majoritária- ou 0,50 ponto percentual. A manutenção da Selic pegaria o mercado de surpresa e poderia causar uma resposta negativa.
Na quinta, será conhecido o PIB brasileiro referente ao segundo trimestre deste ano.
"As incertezas com relação aos efeitos defasados das decisões de política monetária dos últimos meses justificam uma posição mais cautelosa na velocidade da redução dos juros", avalia Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra. "Mas mantemos nossa expectativa de continuidade do ciclo de flexibilização da política monetária nos próximos meses, ao ritmo de 0,25 ponto percentual por reunião, o que levaria a Selic a encerrar o ano em 14%", afirma.
No exterior, os investidores estarão atentos principalmente a eventos norte-americanos. Amanhã vai ser conhecida a ata do último encontro do Fomc -comitê de mercado aberto do BC americano, que define os juros do país. Esse documento, se trouxer novidades que sinalizem o rumo futuro dos juros nos EUA, pode mexer bastante com os mercados globais.
Na quinta-feira, além de um novo discurso de Ben Bernanke, o presidente do Fed (o banco central dos EUA), serão conhecidos dados sobre consumo e renda dos norte-americanos.
Bernanke discursou na sexta passada, mas não falou sobre juros e desaquecimento econômico, como se esperava.
Já na sexta-feira, os investidores conhecerão o desempenho do PIB (a soma das riquezas produzidas em determinado local em certo período) da zona do euro no segundo trimestre do ano.

Juros
Na semana passada, as projeções para os juros futuros oscilaram pouco nos pregões da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros).
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim deste mês e que mostra as projeções para o Copom, a taxa começou a semana a 14,65% e fechou a sexta-feira a 14,63%.
A baixa oscilação mostra que nenhum evento da semana passada conseguiu alterar as projeções do mercado para o Copom.
Uma sinalização na última sexta-feira por parte de Bernanke, no sentido de que a taxa de juros norte-americana deveria permanecer inalterada, em 5,25%, poderia ter ampliado o grupo dos investidores e analistas que esperam que o Copom cortará a Selic para 14,25%.


Texto Anterior: Dicas Folhainvest: Com cenário tenso, corretoras mantêm carteiras de ações
Próximo Texto: Internet: Jornalista estréia coluna na Folha Online
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.