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Investidores aguardam Copom e PIB do 2º trimestre
Ata do Fed e fala de Bernanke também serão destaque
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana terá importantes
eventos para o mercado doméstico, sendo os principais a
reunião do Copom (Comitê de
Política Monetária) e a divulgação do PIB (Produto Interno
Bruto) do segundo trimestre.
Entre amanhã e quarta, o Copom definirá em quanto fica a
nova taxa básica de juros da
economia, a Selic, que está em
14,75% anuais.
Os investidores e analistas se
dividem entre a possibilidade
de a Selic ser reduzida em 0,25
ponto -opção majoritária- ou
0,50 ponto percentual. A manutenção da Selic pegaria o
mercado de surpresa e poderia
causar uma resposta negativa.
Na quinta, será conhecido o
PIB brasileiro referente ao segundo trimestre deste ano.
"As incertezas com relação
aos efeitos defasados das decisões de política monetária dos
últimos meses justificam uma
posição mais cautelosa na velocidade da redução dos juros",
avalia Maristella Ansanelli,
economista-chefe do banco Fibra. "Mas mantemos nossa expectativa de continuidade do
ciclo de flexibilização da política monetária nos próximos
meses, ao ritmo de 0,25 ponto
percentual por reunião, o que
levaria a Selic a encerrar o ano
em 14%", afirma.
No exterior, os investidores
estarão atentos principalmente
a eventos norte-americanos.
Amanhã vai ser conhecida a ata
do último encontro do Fomc
-comitê de mercado aberto do
BC americano, que define os juros do país. Esse documento, se
trouxer novidades que sinalizem o rumo futuro dos juros
nos EUA, pode mexer bastante
com os mercados globais.
Na quinta-feira, além de um
novo discurso de Ben Bernanke, o presidente do Fed (o banco central dos EUA), serão conhecidos dados sobre consumo
e renda dos norte-americanos.
Bernanke discursou na sexta
passada, mas não falou sobre
juros e desaquecimento econômico, como se esperava.
Já na sexta-feira, os investidores conhecerão o desempenho do PIB (a soma das riquezas produzidas em determinado local em certo período) da
zona do euro no segundo trimestre do ano.
Juros
Na semana passada, as projeções para os juros futuros oscilaram pouco nos pregões da
BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros).
No contrato DI (Depósito Interfinanceiro) que vence no fim
deste mês e que mostra as projeções para o Copom, a taxa começou a semana a 14,65% e fechou a sexta-feira a 14,63%.
A baixa oscilação mostra que
nenhum evento da semana
passada conseguiu alterar as
projeções do mercado para o
Copom.
Uma sinalização na última
sexta-feira por parte de Bernanke, no sentido de que a taxa
de juros norte-americana deveria permanecer inalterada, em
5,25%, poderia ter ampliado o
grupo dos investidores e analistas que esperam que o Copom
cortará a Selic para 14,25%.
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