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ENERGIA
Perdas podem somar R$ 12,7 bi
BNDES vai compensar geradoras por apagão
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Francisco
Gros, membro da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica,
disse ontem que o banco estatal
vai abrir uma linha de financiamento para compensar as perdas
causadas pelo racionamento às
distribuidoras e geradoras de
energia elétrica.
Essas perdas somariam cerca de
R$ 12,7 bilhões. Gros não falou de
números, mas representantes de
distribuidoras disseram que lhe
enviaram um ofício no qual contabilizaram perdas no total de R$
5,7 bilhões. Já as perdas das geradoras estariam sendo calculadas
pelo mercado em cerca de R$ 7 bilhões. Gros não divulgou cronograma para a liberação dos financiamentos.
No documento enviado ao
BNDES, as distribuidoras de
energia pediam três providências
para ressarcimento dos prejuízos
causados pelo racionamento: aumento de 10% das tarifas para os
consumidores comerciais e industriais; abertura de uma linha
de crédito; e permissão para que
retenham, até o final do ano, os
recursos referentes a duas taxas
que elas recolhem.
Até agora, o governo decidiu
apenas a respeito da linha de crédito. Gros justificou a decisão afirmando que o racionamento, que
reduziu compulsoriamente o faturamento das geradoras e distribuidoras, teve "efeito sistêmico"
sobre a saúde econômica do setor.
Sobre o pedido de reajuste de
tarifas, Gros disse apenas, durante
palestra para membros da Apine
(Associação dos Produtores Independentes de Energia), que o governo está estudando o assunto.
Além de Gros, fizeram exposições aos sócios da Apine o ministro José Jorge, de Minas e Energia,
e Pedro Parente, que acumula a
pasta da Casa Civil com a do "ministério do apagão".
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