São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2001

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ENERGIA

Perdas podem somar R$ 12,7 bi

BNDES vai compensar geradoras por apagão

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Francisco Gros, membro da Câmara de Gestão da Crise de Energia Elétrica, disse ontem que o banco estatal vai abrir uma linha de financiamento para compensar as perdas causadas pelo racionamento às distribuidoras e geradoras de energia elétrica.
Essas perdas somariam cerca de R$ 12,7 bilhões. Gros não falou de números, mas representantes de distribuidoras disseram que lhe enviaram um ofício no qual contabilizaram perdas no total de R$ 5,7 bilhões. Já as perdas das geradoras estariam sendo calculadas pelo mercado em cerca de R$ 7 bilhões. Gros não divulgou cronograma para a liberação dos financiamentos.
No documento enviado ao BNDES, as distribuidoras de energia pediam três providências para ressarcimento dos prejuízos causados pelo racionamento: aumento de 10% das tarifas para os consumidores comerciais e industriais; abertura de uma linha de crédito; e permissão para que retenham, até o final do ano, os recursos referentes a duas taxas que elas recolhem.
Até agora, o governo decidiu apenas a respeito da linha de crédito. Gros justificou a decisão afirmando que o racionamento, que reduziu compulsoriamente o faturamento das geradoras e distribuidoras, teve "efeito sistêmico" sobre a saúde econômica do setor.
Sobre o pedido de reajuste de tarifas, Gros disse apenas, durante palestra para membros da Apine (Associação dos Produtores Independentes de Energia), que o governo está estudando o assunto.
Além de Gros, fizeram exposições aos sócios da Apine o ministro José Jorge, de Minas e Energia, e Pedro Parente, que acumula a pasta da Casa Civil com a do "ministério do apagão".


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