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Recuperação do real vai depender
do presidente eleito, diz Armínio
LEONARDO SOUZA
ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
O presidente do Banco Central,
Armínio Fraga, disse ontem que o
BC não adotará nenhuma medida
adicional para conter a alta do dólar e deu a entender que a recuperação da moeda brasileira depende agora do que o presidente eleito fará após as eleições.
"O que não se deve esperar do
Banco Central é uma solução instantânea para todos os problemas, isso vai além do que o Banco
Central pode fazer, isso depende
de confiança no futuro", disse Armínio, ao ser questionado se haveria medidas adicionais em estudo para impedir a contínua depreciação do real.
Segundo Armínio, a "trajetória
de subida [da moeda americana"
tem a ver com incertezas, que hoje
ocorrem num contexto global
pouco favorável".
"E a nossa experiência no Brasil
mostra que a solução tem de vir
de um compromisso permanente
com políticas macroeconômicas e
financeiras saudáveis, por um futuro que vai muito além das próximas semanas ou meses. Como
eu disse aqui, eu não tenho dúvida de que isso é algo que nós, brasileiros, entendemos bem", afirmou, após seminário no Banco
Mundial, sobre a importância dos
financiamentos para o crescimento econômico dos países.
O presidente do BC acrescentou
que "qualquer outra alternativa
mais exótica de resposta a esse tipo de problema [a alta da taxa de
câmbio" certamente trará mais
problemas, e a nossa história está
cheia de exemplos".
Armínio não quis comentar declarações dadas no dia anterior
pelo ministro Pedro Malan (Fazenda) de que ainda não estava
descartada sua permanência no
comando do BC num eventual
governo petista. "São decisões
que cada candidato tem de tomar
com sua equipe, e acho que têm
de ser respeitadas."
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