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INTERNET
Segundo o grupo norte-americano, não há atualmente nenhum sinal de que a América Latina passará a dar lucro
AOL estuda encerrar atividades no Brasil
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O grupo norte-americano AOL
Time Warner começou a estudar
o encerramento de seus negócios
como provedor de internet na
América Latina.
O diretor financeiro do conglomerado, Wayne Pace, declarou,
na quinta-feira passada, em São
Francisco, nos EUA, que a AOL
Latin America terá de dar lucro
para continuar a existir. "Gostaríamos de manter os negócios na
região, mas é preciso que eles
dêem lucro. Não há nenhum sinal
nesse sentido atualmente."
O executivo disse que não tem
tido sucesso em conseguir um novo parceiro no negócio. Os atuais
sócios da AOL Latin America,
além do grupo norte-americano,
são o conglomerado venezuelano
Cisneros e o banco Itaú.
As declarações de Pace ocorreram depois da queda no faturamento mundial da AOL no segundo trimestre deste ano. A receita foi de US$ 2,266 bilhões,
2,6% menos que os US$ 2,327 bilhões do mesmo período de 2001.
O número de assinantes nos
EUA e na Europa aumentou no
segundo trimestre de 2002. No
resto do mundo houve diminuição de 63 mil clientes. A América
Latina, onde o grupo tem provedor no Brasil, no México e na Argentina, foi a principal responsável pela redução. A AOL tem 35,1
milhões de clientes no mundo.
A Folha procurou representantes da AOL no Brasil. Eles não quiseram comentar o assunto. Segundo Pace, a AOL está reavaliando seus negócios em mercados
não-vitais para o provedor. Desde
que iniciou suas atividades no
Brasil, em junho de 1999, a AOL
Latin America nunca deu lucro.
Conseguiu reduzir seu prejuízo
de US$ 74,5 milhões no segundo
trimestre de 2001 para US$ 44,6
milhões no mesmo período deste
ano.
Em março de 2002, os sócios da
AOL Latin America injetaram
US$ 160 milhões na empresa. Em
junho, ela tinha 1,31 milhão de assinantes, 7,3% menos do que no
final do primeiro trimestre.
Já o faturamento total do grupo
AOL Time Warner (incluindo divisões como cinema, música e revistas) teve aumento de 10% no
primeiro trimestre de 2002 em relação ao mesmo período de 2001.
A receita aumentou de US$ 9,6 bilhões para US$ 10,6 bilhões.
Com agências internacionais
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