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Mercado Aberto
Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br
TJLP de 6,85% não é suficiente para atrair investimentos
A redução da TJLP de 7,5%
para 6,85% decidida ontem pelo CMN e a medida adotada pelo BNDES de baixar o custo do
financiamento para investimentos do setor elétrico tornam a aplicação em fundos ou
em ativos de infra-estrutura
mais atraentes, mas não são suficientes para multiplicar os investimentos na produção.
São vários os fatores que impedem a recuperação do investimento. Apesar da queda da
Selic e da TJLP, o juro no Brasil
ainda é muito alto em relação
ao resto do mundo, até se comparado aos países emergentes.
Mesmo assim, só as grandes
empresas que têm acesso aos
empréstimos com juro equivalente ao da Selic.
Mas não são só os juros que
impedem a recuperação do investimento. Segundo a Austin
Rating, é necessário que ocorra
uma conjunção de fatores para
que os empresários se sintam
seguros com relação ao futuro
da economia. Entre esses fatores estão a reforma do judiciário, a reforma tributária e a redução dos "spreads bancários".
Não adianta elevar o nível de
investimentos se ainda não há
reais condições da população
de elevar a demanda agregada.
Para a Austing Rating, somente a partir de 2008 vislumbra-se uma condição saudável
ao consumo via financiamento,
quando a Selic atingir níveis
abaixo de 10% ao ano.
Menos pessimista, o empresário Paulo Godoy, presidente
da Abdib, acha que a redução da
TJLP irá contribuir para a migração dos investimentos em
renda fixa para ativos reais e
aplicações em renda variável.
Ele acha que o investimento
em infra-estrutura começa a se
tornar atraente, embora ressalve que os juros ainda são muito
altos no Brasil em relação ao
resto do mundo.
Mesmo assim, Godoy espera
que toda essa conjuntura favorável da economia faça com que
pelo menos 10% do total de investimentos em títulos de renda fixa (cerca de R$ 800 bilhões) migre para infra-estrutura. Esses R$ 80 bilhões seriam, na sua opinião, suficientes para cobrir as necessidades
de investimentos do país no setor a cada ano.
DE CARONA
Em 2025, carros movidos somente a gasolina não devem mais circular. Nas ruas, haverá apenas veículos híbridos. A previsão é de Ferdinand Dudenhöeffer, especialista em setor automotivo e professor da Universidade de
Ciências Aplicadas de Gelsenkirchen, na Alemanha, que
falará hoje no Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, em São Paulo. Em 2020, segundo ele, serão
vendidos 74 milhões de carros de passeio no mundo, o
que representa um aumento de 36% se comparado aos
54,5 milhões de automóveis comercializados por ano
atualmente. "Isso se deve ao aumento da participação de
países como China, Índia, e Rússia, que, juntos, comprarão 45% dos novos carros vendidos no mundo", afirma
Dudenhöeffer.
PÉ NA ESTRADA
Com uma unidade recém-inaugurada na rua Oscar Freire, em São Paulo, a Dumond, marca top do grupo calçadista Paquetá, se prepara para entrar no mercado de franquias. "Nossa idéia é abrir 50 lojas no período de dois
anos", diz o diretor-executivo da marca, Gerson Vaccari.
Com seis lojas próprias em São Paulo, Rio e Porto Alegre,
a Dumond foca seu olhar nas capitais brasileiras. "Temos
um contrato com Florianópolis, no shopping Iguatemi,
que deve ser inaugurado em março", afirma Vaccari. Salvador, Fortaleza e Brasília são outros alvos da empresa.
EM BAIXA
O ano de 2006 não deixará
saudade para os supermercadistas -o segmento registrou, em agosto, a quinta
queda consecutiva no faturamento. As vendas foram
4,8% inferiores às do mesmo
período de 2005. Os dados
são da PCCV (Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista) que a Fecomercio divulga hoje. Projeções mostram que o próximo quadrimestre tende a ser melhor,
mas não o suficiente para garantir alta superior a 1% no
acumulado do ano.
PÃO QUENTE
Mais de 65% dos ingressos
para o GP Brasil de Fórmula
1 foram vendidos, há menos
de um mês da prova. A informação é da LCR eventos. O
setor B, que fica em frente
aos boxes, já está esgotado.
NO DÉBITO
A aceitação de cartões de
débito pelos supermercados
de SP subiu 18% de 2004 para 2005. Cerca de 75% deles
aceitam a forma de pagamento. Já o número de estabelecimentos que aceitam
cartões de crédito manteve-se inalterado -51%. A única
queda registrada foi a da
aceitação de vale-refeição
(-2,6%). Os dados são da AC
Nielsen/GeoConnection.
FRENTISTA ON-LINE
A Ipiranga acaba de criar
um banco de dados de cadastramento de funcionários
para ajudar os donos de posto na hora da contratação.
As informações ficam dispostas na internet. A expectativa é que, até dezembro,
20 mil candidatos estejam
cadastrados e habilitados
para concorrer a uma vaga.
LOCOMOTIVA
A CST-Arcelor Brasil investirá cerca de US$ 40 milhões em sua infra-estrutura
ferroviária. A iniciativa integra o plano de ampliação da
capacidade produtiva da
companhia de 5 milhões para 7,5 milhões de toneladas
de aço por ano a partir do
ano que vem.
BUTIQUE DE AÇÕES
A corretora Alpes lança
hoje seu novo braço on-line,
a Win, home broker que
opera como butique financeira, com tratamento especializado para cada cliente. A
principal novidade é a ferramenta "winny", que traz
uma interface personalizável. O lançamento acontece
na ExpoMoney 2006.
TECNOLOGIA
Howard Dresner, criador
do termo Business Intelligence e CSO da Hyperion,
empresa de software de Business Performance Management e Business Intelligence vem ao Brasil . O executivo será o principal palestrante do Hyperion Solutions Brasil 2007, que acontecerá no dia 24 de outubro,
no espaço Villa Noah, em SP.
FARMÁCIA
A meta de crescimento
dos negócios da Bristol-Myers Squibb no Brasil, calculada em 40% nos próximos quatro anos, pode ganhar reforço - a empresa
enviou dois novos medicamentos para aprovação na
Anvisa.
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