São Paulo, sexta-feira, 28 de setembro de 2007

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Evento reúne bilionários em NY para doações

DA ENVIADA A NOVA YORK

"Antes de o vulcão entrar em erupção, há uma pressão maior e maior dentro dele", diz Tom Lovejoy, presidente do Heinz Center, um dos mais importantes centros de pesquisa em economia e ambiente independentes do mundo, que participou do Clinton Global Initiative (CGI), realizado em Nova York. "As empresas perceberam o risco que estão correndo e que, se continuarem sendo conservadoras e fazendo os negócios como antigamente, vão perder cada vez mais dinheiro."
É por isso que dezenas de megaempresários, líderes globais, políticos e artistas gastaram muitas de suas preciosas horas no Sheraton New York para ouvir sobre projetos de sustentabilidade nos recantos mais remotos do mundo. Mais do que isso, também abriram suas carteiras com uma generosidade simultânea pouco vista.
Apenas um dos apoiadores, o banco britânico Standard Chartered Pledge, fez uma parceria na qual doará entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões, em cinco anos, para serem investidos em projetos de energia sustentável.
Também estavam lá doadores "menores", mas não menos famosos. Larry Page e Sergei Brin, os fundadores do Google, uniram-se a um fundo que é na verdade um concurso de criatividade: doará US$ 300 milhões para o projeto mais eficiente de redução de gás carbônico. Page, ao lado do ex-presidente Bill Clinton, foi aplaudido e aplaudiu a cantora Shakira, outra doadora de US$ 30 milhões para alfabetização de crianças na América Latina.
No dia anterior, a atriz Angelina Jolie circulou entre jornalistas, depois de anunciar a captação de US$ 148 milhões para projetos de educação em áreas em conflito -e muitos deles perguntavam quando ela visitaria seus países.
Do evento participam políticos como o ex-premiê britânico Tony Blair e o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, e megaempresários como o magnata da mídia Rupert Murdoch e o mexicano Carlos Slim Helú, considerado o homem mais rico do mundo -que se abraçou ao presidente Néstor Kirchner (Argentina), ontem.
A intenção declarada pelo GCI, ao unir tantos poderosos doadores e avalistas, é apoiar financeiramente ações de sustentabilidade nas áreas de saúde, educação, energia e mudanças climáticas e redução da pobreza. Do Brasil, foram apresentados dois projetos: o de reflorestamento da mata atlântica, do Instituto Coca-Cola, e o Bolsa Floresta, do governo do Estado do Amazonas. No total, até ontem, havia 42 parcerias e 391 projetos candidatos a receberem apoio. (CB)


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