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Consulta ao BC depende de impacto
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Caso chegue a interferir na
atuação de suas filiais no Brasil, a
fusão entre o FleetBoston e o
Bank of America anunciada ontem terá que ser analisada pelo
Banco Central, a quem cabe julgar
esse tipo de operação no país. Essa análise só será necessária se o
BankBoston, nome com o qual o
FleetBoston atua no país, e o Bank
of America do Brasil decidirem se
unir em uma única empresa. Caso
continuem a operar separadamente no país, não será preciso
que o BC autorize a operação.
Até ontem, o BC não havia recebido nenhuma comunicação formal dos dois bancos norte-americanos em relação ao futuro das filiais brasileiras. No país, BankBoston e Bank of America atuam
em mercados distintos.
O BankBoston é o 13º maior
banco em ativos do país, segundo
ranking elaborado pelo BC. Seu
patrimônio líquido é de R$ 2,272
bilhões e sua atuação é mais voltada para o varejo. Já o Bank of
America tem um patrimônio de
R$ 280 milhões e concentra suas
operações no atacado.
Pelo ranking do BC, tanto o
BankBoston quanto o Bank of
America ficam distantes de bancos de maior porte. O Bradesco,
por exemplo, tem um patrimônio
de R$ 12,5 bilhões.
A lei em vigor impede que o sistema de defesa da concorrência,
composto pela SDE (Secretária de
Direito Econômico), pela Seae
(Secretária de Acompanhamento
Econômico) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa
Econômica), julgue atos de concentração que envolvam bancos.
O argumento é que, em casos
envolvendo bancos, não basta
analisar o impacto da fusão sobre
a concorrência, mas também seria preciso verificar o efeito que as
operações têm sobre a solidez do
sistema financeiro.
Um projeto de lei que está em
tramitação no Congresso pode
mudar as regras. Pelo projeto, encaminhado pelo Executivo em
2002, o sistema nacional de defesa
da concorrência julgará a fusão de
instituições financeiras, desde
que o BC não identifique riscos
para o sistema financeiro.
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